Facebook e YouTube têm 2 dias para tirarem vídeos sobre “kit gay”
Relator diz que informações equivocadas geram prejuízos ao debate político
Por Caio Lencioni
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Horbach determinou, na noite da última segunda-feira (15), que o Facebook e o YouTube deverão retirar do ar seis vídeos que envolvem os dois candidatos à presidência, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Os vídeos em questão mostram o candidato pelo PSL acusando Fernando Haddad de adotar o chamado “kit gay” nas escolas enquanto ocupou cargo de ministro da Educação, entre 2005 e 2012.
Para o ministro, a campanha do candidato pelo PSL divulgou o assunto sabendo que se tratava de algo falso, já que o Ministério da Educação e a editora responsável pelo livro ‘Aparelho Sexual e Cia.’ desmentem que a obra tenha sido utilizada em programa escolar. Ambos ainda apontam que o livro nem sequer foi indicado nas listas oficiais de material didático.
Carlos Horbach também destaca que o projeto ‘Escola sem Homofobia’ não foi colocado em prática, pois não foi realizada a distribuição do material didático a ele relacionado.
O relator aponta que a informação equivocada em referência à distribuição do livro gera prejuízo ao debate político e desinformação. Além da retirada de vídeos, o ministro também determinou que o cadastro inicial dos perfis responsáveis pelas postagens fossem identificados a partir do número de IP.