Show de horror: até 1958, existiam zoológicos humanos pelo mundo
Na lista de coisas terríveis que a humanidade, em um determinado período histórico, achava normal estão itens como a escravidão e as lutas sangrentas no Coliseu, onde gladiadores (escravos) lutavam até a morte para um público que incluía famílias com crianças. A lista inclui também os zoológicos humanos.
Os chamados “zoológicos humanos” eram bastante populares na Europa e na América do Norte ao longo do século XIX e início do século XX. Também conhecidas como “vilas de negros” ou “exposições etnológicas”, estas exposições ficaram marcadas como exemplos perversos do tipo de olhar que as sociedades ocidentais construíram sobre outros povos e culturas neste período. A última dessas exposições ocorreu em 1958, em Bruxelas, na Bélgica, onde o que era considerada pelos expositores como uma “autêntica família de um vilarejo do Congo” foi exposta em uma jaula.
A existência desse show de horror era justificada pelas mais absurdas teses. Como, por exemplo, que o negro africano seria o elo biológico entre o homem branco ocidental e o macaco. Eram vistos nestas exposições homens, mulheres, idosos e crianças de diversas etnias como africanas, indígenas ou esquimós encarcerados em jaulas, como animais, ou em espaços que imitassem seus “ambientes naturais” (ou estado primitivo); tudo isso observado por olhos curiosos dos visitantes brancos que iam ver como essas pessoas supostamente viviam em suas sociedades.
Os zoos com humanos eram tão populares à época que diversos deles foram construídos ao redor do mundo, em países como Inglaterra, França e Estados Unidos. Na Alemanha, por exemplo, chegou a ser cunhado nestes anos um termo específico para esse tipo de show: Völkerschau. Outro argumento utilizado na defesa destas exposições se encontrava na intenção de enfatizar as diferenças culturais e de evolução tecnológica entre europeus e povos não europeus, procurando, por meio destas, atestar uma suposta superioridade ocidental nestes aspectos de comparação.
A partir do século XX, a rejeição a tais exposições começou a crescer, pelas condições degradantes e perversas para com a dignidade humana daqueles que eram expostos, o que culminou em seu gradativo desaparecimento.
Para saber mais sobre os zoológicos humanos, recomendamos uma matéria da revista Superinteressante e um texto bastante aprofundado disponível no site do jornal Le Monde Diplomatique Brasil, nosso parceiro de conteúdo.
Para ver mais imagens desses zoológicos, clique aqui.
Susana Maribele Gonçalves Balan
05/06/2020 @ 18:55
Uma vergonha nacional .
O sistema prisional na minha opinião é falido no mundo todo.
Só funciona pra pobre e negro .
Por esse motivo se torna um mundo sem lei .
O sistema prisional é um lixo desumano.
Nunca vai regenerar alguém, na base de torturas e desumano .
A educação e trabalho pra mim seria uma forma de mudar o sistema .
Se um prisioneiro recebe pra estar ali .
Deve trabalhar estudar pra voltar pra sociedade como um homem de verdade .
Minha opinião.
Crueldade: jovem negro era atração de zoológico em jaula com macacos
16/06/2020 @ 17:07
[…] E o que aconteceu com Ota Benga não foi um caso isolado. Vale lembrar que até 1958 existiam “zoológicos humanos” no mundo. […]
Colonizadores capturavam indígenas para exibi-los como atração de circo
07/02/2022 @ 17:36
[…] Os chamados “zoológicos humanos” eram bastante populares na Europa e na América do Norte ao longo do século XIX e início do século XX. Também conhecidas como “vilas de negros” ou “exposições etnológicas”, estas exposições ficaram marcadas como exemplos perversos do tipo de olhar que as sociedades ocidentais construíram sobre outros povos e culturas neste período. A última dessas exposições ocorreu em 1958, em Bruxelas, na Bélgica, onde o que era considerada pelos expositores como uma “autêntica família de um vilarejo do Congo” foi exposta em uma jaula. […]