Mãe de menina com deficiência cria playground com brinquedos inclusivos
Selma Nalini, mãe de Maria Eduarda, realizou o projeto de revitalização de parques através de doações da iniciativa privada
por Artur Ferreira
Selma Nalini (35) é mãe de Maria Eduarda Nalini (12), que nasceu com síndrome de Dandy-Walker, e por ver a filha sempre longe dos brinquedos e de outras crianças, a mãe sentiu que precisava fazer algo para melhorar a qualidade de vida dela.
Devido a síndrome, que causa uma malformação do cérebro, Maria não consegue se movimentar, mas com o auxílio de equipamentos adaptados a filha conseguir brinca com o irmão mais novo, João Lucas (8).
Selma então pensando em outras crianças, como sua filha Maria, decidiu revitalizar playgrounds em cinco áreas públicas de Ribeirão Preto (SP), com a devida permissão da Prefeitura e doações de empresários.
A mãe percebeu que esses locais necessitavam de instalação de novos brinquedos com acessibilidade, de uma reforma nos bancos e lixeiras, e a troca da grama e manutenção da pavimentação dos parques.
O projeto de Selma atualmente reúne diversas crianças com deficiência da região, que anteriormente não poderiam aproveitar esses espaços públicos. Agora, os brinquedos com acessibilidade permitem isso.
Selma descobriu sobre a síndrome de sua filha durante a gravidez, e por isso deixou de lado o sonho da carreira jurídica para se dedicar a filha. Atualmente, a mãe de Maria Eduarda é ativista pela causa de crianças com deficiência.
Para realizar o projeto de revitalização, Selma entrou contato com empresários da região e pediu doações para custear todo o processo. E mesmo com os altos custos, pois alguns equipamentos custavam cerca de 20 mil reais cada, o objetivo foi alcançado.
A mãe também cita a importância de se cumprir a Lei Federal 13.443 de 2017, que define que no mínimo 5% dos brinquedos localizados em espaços de uso público deverão ser obrigatoriamente adaptados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Selma deixa claro que não conseguiu o custeio pela Prefeitura, mas sim somente a permissão para instalação, portanto optou pela iniciativa privada.
A mãe também comenta que a iniciativa é uma forma importante de quebrar barreiras entre crianças com e sem deficiência e amenizar preconceitos.
Fonte: G1 e Agência Senado.