Duas cientistas ganham Nobel de Química 2020 por edição de genoma
É a primeira vez na história do Nobel de Química, criado em 1901, que duas mulheres compartilham o prêmio
Por: Isabela Alves
A francesa Emmanuelle Charpentier e a estadunidense Jennifer Doudna ganharam o prêmio Nobel de Química 2020 pelo desenvolvimento de um método para a edição genômica. O anúncio foi feito pela Real Academia de Ciências da Suécia.
As pesquisadoras desenvolveram uma técnica de edição genética chamada “CRISPR/Cas9”, que permite editar o código genético de qualquer animal, planta ou micróbio.
O método é considerado revolucionário, pois está contribuindo para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer e também pode se tornar a cura de diversas doenças hereditárias de origem genética.
Esta é a primeira vez na história em que humanos podem modificar a sua própria genética, não apenas de um indivíduo, mas de todos os seus descendentes. É válido ressaltar que o prêmio excluiu os outros cientistas que contribuíram para a descoberta do CRISPR, que é o sistema imunológico que muitos micróbios utilizam para identificar os vírus e cortá-los em pedaços usando tesouras moleculares feitas de proteínas Cas.
É a primeira vez na história do Nobel de Química, criado em 1901, que duas mulheres compartilham o prêmio. Até hoje, apenas cinco mulheres receberam o Nobel de Química, frente a 183 homens: Marie Curie (1911), sua filha Irène Joliot-Curie (1935), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964), Ada Yonath (2009) e Frances Arnold (2018).
Fonte: El País Brasil