Metade das crianças que trabalham no mundo tem de 5 a 11 anos de idade
Em todo o mundo, 160 milhões de crianças e adolescentes estão em situação de trabalho infantil, segundo agências da ONU. Desse total, pouco mais da metade está na faixa etária de 5 a 11 anos
O trabalho infantil ainda é realidade para milhões de crianças no mundo. Visto por uma grande quantidade de pessoas como “normal”, rouba a infância, prejudica os estudos e para milhares de crianças pode ser até fatal.
Para se ter uma ideia, somente no Brasil, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde registrou, entre 2007 e 2018, 43.777 acidentes de trabalho com crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos. No mesmo período, 261 crianças perderam a vida trabalhando.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil chegou a 160 milhões em todo o mundo. Com um aumento de 8,4 milhões de meninas e meninos nos últimos quatro anos, de 2016 a 2020.
Segundo o novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do UNICEF, Child Labour: Global estimates 2020, trends and the road forward (Trabalho infantil: Estimativas globais de 2020, tendências e o caminho a seguir), houve um aumento significativo no número de crianças de 5 a 11 anos em situação de trabalho infantil, que agora respondem por pouco mais da metade do número total global.
Outro alerta é o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em trabalhos perigosos – definido como trabalho que pode prejudicar sua saúde, segurança ou moral – chegou a 79 milhões, um aumento de 6,5 milhões de 2016 a 2020.
O relatório também adverte que, globalmente, 8,9 milhões de crianças e adolescentes adicionais correm o risco de ser empurrados para o trabalho infantil até o final de 2022 como resultado da pandemia. Um modelo de simulação mostra que esse número pode aumentar para 46 milhões se eles não tiverem acesso a uma cobertura crítica de proteção social.
Fonte: UNICEF