Alfabetizada aos 16, ela se tornou exemplo de superação e luta pelo meio ambiente
Na próxima quinta-feira (09/09), às 17h, Marina Silva participará de uma live do Observatório do Terceiro Setor para falar sobre sua história e sobre a devastação do meio ambiente no Brasil
Marina Silva nasceu na localidade de Breu Velho, em Rio Branco, no Acre, em 8 de fevereiro de 1958. Neta de uma parteira, nasceu com ajuda da própria avó.
Descendente de africanos e portugueses, foi registrada com o nome de Maria Osmarina Silva de Souza. O nome Marina é decorrente de um apelido dado por uma tia. Seus pais tiveram onze filhos, dos quais oito sobreviveram.
Em 1967, a família deixou o seringal em Bagaço para ir a Manaus abrir uma taberna, que durou pouco tempo. Cinco meses depois, eles foram para Santa Maria, no Pará, onde a situação era ainda pior. Em 1969, a família voltou para o seringal com a passagem paga pelo ex-patrão do pai de Marina.
Com apenas 10 anos, Marina Silva começou a trabalhar no seringal para pagar a dívida que a família contraiu com o patrão.
Quando Marina tinha quinze anos, a mãe, Maria Augusta, faleceu vítima de inúmeras doenças adquiridas pela falta de infraestrutura no local onde viviam.
Aos quinze anos, Marina foi viver na zona urbana de Rio Branco, para tratar de sua própria saúde. Havia contraído hepatite, porém os médicos atestaram ser malária. Na mesma época, duas de suas irmãs faleceram, uma vítima de sarampo e outra vítima de malária. Fixou-se definitivamente em Rio Branco em 1974, recebendo os cuidados do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das irmãs Servas de Maria.
Em Rio Branco, seu primeiro trabalho foi de empregada doméstica. Na mesma época, Marina foi matriculada no Mobral, projeto de alfabetização do regime militar, alfabetizando-se aos dezesseis anos.
Foi professora na rede de ensino secundário e engajou-se no movimento sindical. Foi companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre, em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986.
Em 1997, adoeceu, ficando acamada, frágil e com a visão e locomoção deficientes, em razão de problemas neurológicos devido à contaminação com mercúrio, quando trabalhava no seringal.
Chico Mendes foi o principal nome da luta contra o desmatamento no Brasil. Ele foi assassinado por lutar pelos direitos dos povos da floresta e por ser contra o desmatamento no Brasil. Após a sua morte, o ativista foi homenageado pelo o ex-beatle Paul McCartney.
Marina Silva venceu o trabalho infantil, a pobreza, o preconceito de gênero na politica e virou um dos principais nomes na luta pelo meio ambiente, no Brasil e no mundo.
Marina recebeu da ONU o prêmio ‘Champions of the Earth’, o maior prêmio concedido pela organização na área ambiental. Recebeu nos Estados Unidos o ‘Prêmio Goldman do Meio Ambiente pela América Latina e Caribe’.
No dia 27 de julho de 2012, a convite do Comitê Olímpico Internacional, na abertura dos Jogos Olímpicos em Londres, Marina Silva desfilou carregando a bandeira, com os anéis olímpicos.
Na próxima quinta-feira (09/09), às 17h, Marina Silva participará de uma live do Observatório do Terceiro Setor para falar sobre sua história e sobre a devastação do meio ambiente no Brasil. A live será transmitida nos perfis do Observatório (Instagram, Facebook e YouTube), e haverá espaço para interação do público.
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