17º Encontro Nacional do Terceiro Setor debate a comunicação de causas
Em mesa virtual, especialistas abordaram os desafios e as tendências da comunicação de causas na era digital, e o papel da tecnologia como ferramenta para inovação no Terceiro Setor
Por: Juliana Lima
Entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro, ocorreu o 17º Encontro Nacional do Terceiro Setor (ENATS). O evento reuniu representantes de organizações sociais, de empresas privadas e do poder público, juntamente do público geral interessado no tema, para debater ideias e trocar experiências sobre a atuação em iniciativas sociais.
Resultado de uma iniciativa do Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMAIS), o evento teve como norte o tema ‘Sociedade civil, governos e empresas: novos caminhos para não deixar ninguém para trás’. A ideia era justamente debater os desafios que a pandemia trouxe para o desenvolvimento sustentável e para a redução de desigualdades no Brasil e no mundo.
O Observatório do Terceiro Setor esteve presente como palestrante na mesa “Tendências na comunicação e o uso da tecnologia para inovação no Terceiro Setor”, representado pela editora do portal e das mídias sociais, Josilene Rocha. A mesa tinha mediação da jornalista e empresária Mariana Pimenta.
As profissionais contaram suas experiências na comunicação de causas, especialmente sob o ponto de vista da era digital, mostrando a importância de se consolidar um bom perfil nas redes sociais e também em um site próprio.
“As redes sociais mudam o tempo inteiro. É claro, você precisa estar nelas, mas a gente não sabe qual rede social vai ser a predominante em dois anos. Ninguém sabe. Então, o site vai concentrar o seu conteúdo e ganhar cada vez mais relevância com o tempo, mais pessoas vão acessá-lo e isso é muito importante”, comentou Josilene.
Outro ponto levantado foi a importância de conhecer bem os diferentes públicos da comunicação de causas e conseguir adaptar os conteúdos para cada um deles. Segundo as especialistas, as pessoas querem cada vez mais participar da comunicação e precisam ser incluídas no trabalho das organizações e mídias.
Para isso, as redes sociais são ferramentas fundamentais, mas também é preciso estar atento ao tipo de história que se quer contar.
“[Na comunicação de causas] nós queremos provocar algum tipo de emoção nas pessoas, para que elas se sintam envolvidas e queiram mudar a realidade”, reforçou Josilene Rocha.
A relação com o público também fez parte da fala da líder do Portal Lunetas, Raquel de Paula Oliveira. O Portal Lunetas é uma iniciativa do Instituto Alana e tem como foco a cobertura sobre as múltiplas infâncias vivenciadas no Brasil. “Nós partimos do princípio do artigo 227 da Constituição, que diz que todos nós somos responsáveis pelas crianças, não só os pais de cada uma delas”, comentou a publicitária.
Segundo a profissional, o principal desafio e missão do portal é criar esse senso de responsabilidade em todas as pessoas. Sobre a comunicação de causas, Raquel ainda pontuou que o objetivo é deixar de falar “para” as pessoas, e passar a falar “com” elas.
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