28 de agosto, Dia Nacional do Voluntariado
Para o Dia Nacional do Voluntariado, o Observatório do Terceiro Setor entrevistou duas organizações que realizam importantes ações de impacto social graças ao trabalho de voluntários
Por Iara de Andrade
Em 28 agosto é comemorado o Dia Nacional do Voluntariado. Instituída em 1985, a data reconhece e destaca a motivação de pessoas que doam seu tempo, trabalho e talento para um interesse social e comunitário de forma não remunerada.
Para celebrar a causa, o Observatório do Terceiro Setor entrevistou a Greenpeace e a Médicos Sem Fronteiras, duas organizações que sobrevivem por meio de doações e falaram sobre a importância do voluntariado na garantia de seus trabalhos sociais.
Greenpeace
A Greenpeace é uma organização ambiental que atua com a preservação da biodiversidade, na defesa dos povos originários, na promoção da paz, desarmamento global e não-violência. A organização depende exclusivamente do apoio de pessoas físicas para financiar suas atividades.
Rafael Ferraz, porta-voz de Comunidades do Greenpeace Brasil conta que desde a fundação, o voluntariado exerce um papel essencial para a atuação da organização. Hoje, são 3.500 voluntários em todo o país e 20 grupos locais nas cinco regiões nacionais:
“Contar com pessoas que dedicam seu tempo a levar os projetos e campanhas da organização pelo país todo de formas diversas e criativas, que vão desde ações nas ruas, como as limpezas de praias, a ações educacionais, como o Projeto Escola, contribui para que mais pessoas conheçam as pautas defendidas pela organização, assim como permite que elas possam se engajar e apoiar a causa”.
Médicos Sem Fronteiras
A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde às pessoas vítimas de crises humanitárias graves, atuando em contextos de conflitos armados, guerras, epidemias, pandemias, desastres naturais, socioambientais, situações de refúgio, migração e deslocamento forçados. Sua ação se estende a mais de 70 países.
A Diretora de Comunicação da MSF Brasil, Nina Torres, conta, ao contrário do que muita gente pensa, que a organização não costuma recrutar voluntários para a realização de seus trabalhos, mas que apesar disso, o espírito de voluntariado é essencial para que seus profissionais contratados escolham trabalhar em situações emergenciais e, muitas vezes, adversas.
“Ao mesmo tempo, contamos com milhões de doadores. Eles são em sua grande maioria pessoas físicas que, também de maneira voluntária, dispõem-se a ajudar MSF a realizar sua tarefa, dando autonomia e independência para que o único critério que levemos em conta para decidir sobre a implantação de um projeto seja a necessidade de nossos pacientes.”