Alto comissário da ONU teme aumento de xenofobia após ataque em Paris
Zeid Al Hussein emitiu comunicado condenando atentado à revista Charlie Hebdo, que matou pelo menos 12 pessoas na manhã desta quarta-feira em Paris; publicação já havia sido ameaçada por publicar charges sobre religião islâmica.
O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos condenou o ataque a uma revista francesa, que matou pelo menos 12 pessoas e deixou vários feridos, quatro em estado grave.
Zeid Al Hussein condenou o que chamou de um ataque “terrível e cruel” a profissonais da mídia e a policiais. Ele pediu a qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro dos autores do atentado que se comuniquem com a polícia.
Escolta policial
Segundo a mídia local, homens armados invadiram a sede da revista Charlie Hebdo com rifles atirando nos jornalistas. A polícia identificou pelo menos três vítimas fatais como sendo chargistas da revista. O chefe de direitos humanos da ONU também afirmou estar preocupado com a possibilidade de que este ataque cause um aumento da xenofobia e sentimento contra imigrantes, que segundo ele estão crescendo na Europa.
A revista francesa havia sido alvo de um ataque a bomba em 2011 quando publicou uma edição com charges sobre a religião islâmica. O editor-chefe, Stéphane Charbonnier, foi ameaçado de morte e passou a andar com escolta policial.
Zeid Al Hussein afirmou que “o ataque a sangue frio” fere a liberdade de expressão e opinião que são a base de uma sociedade democrática. Segundo ele, os que tentam “dividir comunidades usando religião, etnia e outras razões” não devem sair ganhando. Para ele, se o ataque à revista francesa levar a casos de discriminação e preconceito, os terroristas irão conseguir o que pretendem.
Escute a reportagem da rádio ONU, parceira de conteúdo do Observatório do Terceiro Setor: http://www.unmultimedia.org/