Após burnout, amigas fundam startup para promover saúde integrada
A startup Serena promove a saúde de uma forma integral e personalizada, levando em consideração elementos como boa alimentação, atividade física, saúde do sono e mental
Por Laura Patta
As amigas Giovanna Zattar, de 26 anos, e Tuly Iavorsky, de 30, juntaram forças para desenvolver uma startup que promove a saúde de forma integral e personalizada.
A startup Serena é baseada em uma abordagem da medicina que entende a saúde como o resultado do equilíbrio entre seis esferas: alimentação saudável, atividade física, saúde do sono, controle de tóxicos, saúde mental e relacionamentos.
De acordo com Tuly, a solução oferecida pela empresa vai além do tratamento, e leva em consideração a prevenção da doença e a promoção de saúde.
A empresa foi fundada durante a pandemia de Covid-19. As amigas, que enfrentaram o burnout quando o termo ainda não era tão conhecido, perceberam que, na pandemia, as pessoas passaram a prestar mais atenção na saúde e na prevenção. Além disso, houve a regulamentação da telemedicina.
Elas começaram a pesquisar o mercado para encontrar maneiras mais completas e integradas de cuidar da saúde. Estudaram ainda as inovações que estavam acontecendo nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e em Israel para encontrar algo com melhores resultados, e trazer ao Brasil.
Assim, elas conheceram o lifestyle medicine (medicina do estilo de vida, em tradução livre). A abordagem surgiu na Califórnia, em Loma Linda, uma das regiões no mundo que têm os maiores índices de qualidade e expectativa de vida.
Hoje, a empresa conta com 15 especialistas, incluindo gastroenterologistas, ginecologistas e psicólogos, liderados pela médica Silvia Lagrotta, a especialista que introduziu a abordagem do estilo de vida no Brasil.
O modelo de negócios da Serena é baseado em assinaturas de 12 meses. A ideia é oferecer, aliado à tecnologia, um cuidado personalizado e contínuo a fim criar um plano de tratamento e acompanhamento personalizado que atenda as necessidades e metas de saúde dos clientes. O plano anual inclui uma médica e uma “health coach”, e custa o equivalente a cerca de 5 reais por dia.
De acordo com Giovana, o maior desafio foi lançar um serviço que ainda é incipiente no Brasil, pois é mais difícil conseguir investidores, parceiros e clientes. Para a empreendedora, o modelo tradicional da medicina é muito enraizado na cultura brasileira, portanto foi preciso um trabalho de educação e conscientização para conseguir atingir o público.
A dupla de amigas trabalhou na produção de conteúdo em um blog e no Instagram, disseminando conhecimento sobre o assunto. Elas também lançaram um podcast.
Para dar início à empresa, as empreendedoras usaram um elemento comum no mundo das startups, o MVP (da sigla em inglês para Produto Mínimo Viável). Cerca de 100 pessoas assinaram o serviço e, segundo elas, as respostas foram positivas.
Fonte: Universa