Brasil: 9,4 milhões de crianças vivem na extrema pobreza

As crianças são as que mais sofrem com a crise no país. Quase metade delas vivem na pobreza ou extrema pobreza (47,8%). Desse total, 10,6 milhões de crianças vivem na pobreza e 9,4 milhões vivem na extrema pobreza. Foi o que revelou o relatório Cenário da Infância e Adolescência no Brasil 2019, da Fundação Abrinq.

A pobreza é caracterizada por renda domiciliar per capita mensal de até meio salário mínimo e a extrema pobreza por renda de até um quarto de salário mínimo.

Em setembro de 2015, os Estados-Membro da Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram, por unanimidade, o documento ‘Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável’, que contém 17 objetivos e 169 metas que devem ser cumpridos por todos os países do mundo, construindo o caminho para a erradicação da pobreza, redução das desigualdades e dos impactos das mudanças climáticas, e promovendo a justiça, a paz e a segurança de todos.

O monitoramento e o cumprimento dessa agenda pelos governos têm o potencial de impactar positivamente a vida das crianças e dos adolescentes no Brasil e no mundo. Uma das metas é até 2030 acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e as pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.

A data está longe e o cumprimento da meta também. Atualmente, o Brasil tem quase 13 milhões de desempregados e 5,2 milhões de brasileiros passando fome.