Cientistas revelam mistério na morte de pombos em SP, antes do dia virar noite
Dias antes de um evento climático que transformou o dia em noite na cidade de São Paulo, em 2019, pombos começaram a cair mortos misteriosamente. Três anos depois, cientistas identificaram a causa das mortes
Em 2019, dias antes de um evento climático que transformou o dia em noite na cidade de São Paulo, dezenas de pombos começaram a cair mortos misteriosamente. As aves apresentavam alguns ferimentos e sintomas neurológicos, e foram encontradas já sem vida ou quase mortas próximas ao Centro de Controle de Zoonoses da capital paulista. O mistério chamou a atenção de cientistas porque foi um pouco antes da famosa tarde de São Paulo em que o dia virou noite em 2019.
Uma equipe multicêntrica de pesquisadores descobriu que, apesar da proximidade das datas, as mortes não estavam relacionadas com a poluição gerada pelas queimadas na Amazônia. Eram, na verdade, efeito de um paramixovírus aviário do tipo 1 – também conhecido como vírus da doença de Newcastle.
O vírus, com um genótipo denominado VI.2.1.2, costuma ser letal para pombos. Também conhecido como paramixovírus de pombo (PPMV), esse agente raramente infecta pessoas e, quando isso ocorre, é por meio do contato próximo com animais doentes.
Para desvendar a doença misteriosa que acometia pombos na capital, foi necessário acionar uma ampla rede de pesquisadores. Primeiro, o Centro de Vigilância e Zoonoses do Estado de São Paulo identificou a morte das aves e acionou o Serviço Veterinário Oficial.
O vírus da doença de Newcastle normalmente causa doença em galinhas, mas não em pombos. Segundo os pesquisadores, porém, com o genótipo VI.2.1.2 ocorre justamente o contrário.
“Ele é endêmico na população de pombos no mundo inteiro, causando sintomas neurológicos e alta mortalidade. Há relatos frequentes de casos na Ásia, na Europa e na América do Norte. Apesar de este ser o segundo registro no Brasil, não é caso para alarde, pois esse genótipo não representa um grande risco para humanos ou para a avicultura”, avalia Helena Ferreira, professora da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP em Pirassununga, integrante da rede PREVIR-MCTI e coordenadora da pesquisa.
Os cientistas destacam que o monitoramento tem se mostrado de extrema importância para o controle de epidemias e surtos, e para alertar sobre a emergência de novas doenças.
Fonte: CNN
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