Coronavírus pode levar 29 milhões à pobreza na América Latina
Cepal alerta que a pandemia irá causar o encolhimento de 5,3% do PIB regional em 2020, sendo este o pior desempenho da história da América Latina desde 1930
Por: Isabela Alves
A América Latina é uma região populosa, com cerca de 613 milhões de habitantes e possui países marcados pela grande desigualdade social. Com a chegada da Covid-19, essa situação pode se agravar ainda mais.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 53% dos latino-americanos trabalham na informalidade e os sistemas de saúde são menos preparados que os da Europa e dos Estados Unidos, portanto esses países terão impactos econômicos e sociais ainda maiores.
Para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a pandemia irá causar o encolhimento de 5,3% do PIB regional em 2020, sendo este o pior desempenho da história da América Latina desde 1930, durante a Grande Depressão, quando houve o encolhimento de 5%.
Entre as projeções para a economia da América Latina pós-pandemia está um aumento de 4,4 pontos percentuais na taxa de pobreza ainda em 2020. Com isso, a taxa de pobreza na região chegaria a 34,7% e haveria 29 milhões de novos pobres.
A instituição ainda apontou que, no pós-pandemia, a pobreza extrema da região terá um aumento de 2,5 pontos percentuais, indo de 11% para 13,5%. Isso significa que mais de 16 milhões de pessoas entrarão nesta condição de vulnerabilidade.
A chegada do coronavírus na América Latina
Oficialmente, o Brasil foi o primeiro país da América Latina a registrar um caso do novo coronavírus. Isso ocorreu em 26 de fevereiro, em São Paulo. Dois dias depois, outro caso foi confirmado na Cidade do México.
Menos de três meses depois, o Brasil já tem sozinho 254,2 mil casos confirmados e 16.792 mortes em decorrência da Covid-19.
Fontes: Folha de São Paulo e Coronavírus Brasil