Em 10 anos, taxa de suicídio de brasileiros cresce 16,8%
Entre 2007 e 2016 foram registrados no Brasil 106.374 casos de suicídio
Por: Mariana Lima
Em 2016, 11.433 pessoas tiraram a própria vida no Brasil. No ano anterior, haviam sido 11.178. Os dados são do Ministério da Saúde.
Entre 2007 e 2016 foram registados no Brasil 106.374 casos de suicídio. Deste total, 60% foram por enforcamento e 18% por intoxicação exógena (intoxicação por substâncias químicas que prejudicam o organismo).
Mesmo sendo a segunda causa de óbitos por suicídio no país, a intoxicação exógena é o principal meio utilizado nas tentativas de suicídio, aparecendo em 57,6% dos casos registrados.
Durante o período avaliado pelo levantamento, dos 470.913 casos de intoxicação notificados, 220.045 correspondiam a tentativas de suicídio. A população feminina representa 70% destes casos (153.745).
Outro dado que chama a atenção é que a taxa de mortalidade por suicídio cresceu 16,8% entre 2007 e 2016, no Brasil. Em 2016, foram 5,8 suicídios para cada 100 mil habitantes. Em 2007, eram 4,9 para cada 100 mil. O aumento foi puxado pelo número de suicídios masculinos, que cresceu 28% no período.
O suicídio já é a 4ª maior causa de morte entre os brasileiros de 15 a 29 anos, sendo a 3ª maior causa entre homens nessa faixa etária e a 8ª entre as mulheres.
Quando é feita uma avaliação por raça/ cor, a população indígena mostra-se a mais vulnerável ao suicídio no país: enquanto 9,5 homens brancos em cada 100 mil cometem suicídio, 23,1 homens indígenas fazem o mesmo. E 44,8% dos casos de suicídio entre indígenas ocorrem na faixa dos 10 aos 19 anos. Apesar disso, o relatório do Ministério da Saúde apontou uma diminuição de 10,2% dos óbitos por suicídio entre os indígenas.
Vale ressaltar que o suicídio costuma ser resultado de alguma pertubação psicológica/mental não tratada, como a depressão, a bipolaridade ou o abuso de drogas e álcool.
Como prevenir?
De acordo com o Mistério da Saúde, há alguns sinais que permitem perceber quando uma pessoa está passando por uma crise suicida. São eles:
- O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas.
- Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.
- Expressão de ideias ou de intenções suicidas, como “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”.
- Isolamento.
- Outros fatores, como perda de emprego, agressões físicas e psicológicas, discriminação por gênero/ sexualidade ou cor, depressão e/ou ansiedade.
Esses fatores não funcionam como uma listinha “mágica”. Cada pessoa é um caso, e os sinais podem aparecer em maior ou menor grau.
Ações do Ministério da Saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como meta diminuir em 10% o número de óbitos por suicídio até 2020, e para alcançar a meta o Ministério da Saúde lançou em 2018 uma agenda estratégica de prevenção.
Entre as ações promovidas está a ampliação da gratuidade nas ligações para o 188, telefone do CVV (Centro de Valorização da Vida).
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