Guia prático é aliado na luta contra o machismo no ambiente de trabalho

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A 2ª edição do guia prático “Como não ser um babaca” está disponível para organizações que encaram o desafio de combater o machismo no ambiente de trabalho

Foto: Divulgação Sindilegis

Por Ana Clara Godoi

Nas últimas décadas, elas têm conquistado cada vez mais espaços, até então ocupados apenas por homens, mas a igualdade de gênero no ambiente corporativo ainda representa um grande desafio. Pensando nisso, a 2ª edição do guia prático “Como não ser um babaca”, lançada neste mês, oferece uma versão open source (código aberto) para empresas e organizações potencializarem esse movimento contra o machismo.

Para demonstrar como essa transformação social ocorre lentamente, o relatório Global Gap Report 2022, do Fórum Econômico Mundial, mostrou que a equidade entre os gêneros pode demorar até 132 anos para ser alcançada. Nesse cenário desafiador, empresas e organizações interessadas em abordar a temática podem ter acesso ao arquivo aberto e inserir sua marca, desde que creditem o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), idealizador da publicação.

Entre as instituições que já aderiram à iniciativa, estão a Fecomerciários e o Sebrae Nacional, que está divulgando os conteúdos para mais de 7 mil colaboradores e incluiu o livro no acervo da biblioteca da Universidade Corporativa Sebrae. “Mais do que um movimento tecnológico, trata-se de um movimento que busca, na prática, transformar a mentalidade e o comportamento da sociedade. O Guia funciona como uma ação educativa efetiva para promover a diversidade e, mais ainda, sensibilizar sobre a temática do machismo”, explica Elisa Bruno, diretora de Comunicação Social do Sindicato, que há anos protagoniza campanhas do Dia Internacional da Mulher. 

A 1ª edição de ‘Como não ser um babaca’ alcançou o ranking dos TOP 10 na Amazon e foi reconhecido pelo Prêmio Colunistas. Com linguagem irreverente e dicas fáceis de aplicar, a publicação se propõe a cooperar com o processo de sensibilização dos homens por uma masculinidade que renuncia o machismo e estabelece uma prática de equidade e respeito. “Não existe mais espaço para pessoas e empresas manterem uma postura neutra, pois o neutro é masculino e significa ser conivente com a violência e desigualdade de gênero”, destaca a diretora. 

A nova edição também traz, de forma inédita, uma ação interativa: a Amiga Oculta, pela qual as pessoas podem enviar o livro de forma anônima para algum colega ou conhecido que tem atitudes ou falas discriminatórias. O novo capítulo do guia cita, por exemplo, fala recente em reality show com audiência de 150 milhões de brasileiros: “Já, já, vai tomar umas cotoveladas na boca”. Essa e dezenas de outras “babaquices”, citadas por diversas figuras públicas, inclusive pelos renomados Millôr Fernandes, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Chico Anysio.

A iniciativa contribui para o alcance do ODS 5, meta da Agenda 2030 da ONU que promove igualdade de gênero.


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