Holocausto brasileiro: tortura, fome e 60 mil mortes em hospício
O Brasil também teve seu holocausto. Quando o psiquiatra italiano Franco Basaglia visitou, em 1979, o Hospital Colônia, o maior hospital psiquiátrico do Brasil na época, declarou em uma coletiva de imprensa que tinha visitado um campo de concentração nazista.
Localizado na cidade de Barbacena, em Minas Gerais, o Hospital Colônia só poderia ser chamado de campo de concentração. Entre os anos de 1930 e 1980, foram contabilizadas 60 mil mortes no hospício.
As pessoas que eram enviadas para o hospital, a maioria à força, nem precisavam ser diagnosticadas com algum transtorno mental. Mais de 70% dos pacientes não sofriam com nenhuma doença do tipo. Eram crianças rejeitadas pelos pais por mau comportamento ou algum tipo de deficiência; filhos tidos fora do casamento; mulheres estupradas pelo patrão ou algum homem importante na época, com dinheiro suficiente para esconder o crime; epiléticos; alcoólatras; homossexuais. Tudo era motivo para enviar pessoas ao hospital.
Muitos elementos nessa história lembram o que acontecia com as vítimas do Nazismo. Um deles é o fato de as pessoas eram enviadas para o hospital em um trem de carga, assim como os judeus eram levados para os campos de concentração durante a Segunda Guerra. O trem que os levava para o Colônia ficou conhecido como “trem de doido”.
Em 1961, o fotógrafo Luis Alfredo, da revista O Cruzeiro, foi o primeiro a divulgar os horrores que aconteciam no hospital, através das suas fotos. Os pacientes internados eram submetidos a todo tipo de tortura: eram violentados, passavam frio e fome. Nem roupas eram fornecidas para os pacientes, que andavam quase nus. Poucos conseguiam alguns trapos para se vestir. Em noites de frio, chegaram a ser registradas 60 mortes. As pessoas morriam de frio. Os corpos eram vendidos para faculdades de medicina na época. Tudo com a omissão do Estado.
Em 1979, o jornal Estado de Minas publicou a reportagem ‘Os porões da loucura’ e, no mesmo ano, foi filmado o documentário ‘Em nome da Razão’, de Helvécio Ratton.
Depois, o assunto só foi retomado em 2013, quando a jornalista Daniela Arbex lançou o livro ‘Holocausto brasileiro – Vida, Genocídio e 60 mil mortes no maior Hospício do Brasil’.
No ano passado, foi lançado o documentário ‘Holocausto Brasileiro’, produzido pela HBO e veiculado no canal fechado Max. O roteiro e a direção também têm a assinatura da jornalista, com ajuda na direção de Armando Mendz.
O documentário mostra relatos de sobreviventes e de pessoas que trabalharam no Colônia. Comer ratos e beber água de esgoto era a única chance de sobrevivência. E, na maioria das vezes, as pessoas acabavam morrendo. Eletrochoques em pacientes eram diários. Às vezes, a energia elétrica da cidade não era suficiente para aguentar a carga.
A barbárie que crianças, mulheres, homossexuais, pessoas com transtornos mentais e outras vítimas passaram no Brasil se compara ou até ultrapassa os horrores dos campos de concentração nazistas.
O Colônia foi fundado em 1903 e por oito décadas levou adiante o tratamento desumanizador.
Um documentário sobre o tema está disponível no YouTube:
29/08/2017 @ 23:22
Infelizmente aconteceu entre nós. Lamentável. Deplorável. Repito, infelizmente a violência contra os menos favorecidos continua. A corrupção e a ganância dos donos dessa grande colônia que é brasil só vai acabar quando… Melhor não dizer.
19/01/2020 @ 22:30
Eu tive internada no Raul Soares o tratamento lá tb não era bom não graças a Deus que agora não aceita mais pessoas nestes hospitais tenho recordações muito triste destes hospitais não gosto nem de lembrar
31/01/2020 @ 06:26
Nossa que triste quantas pessoas mesmo sem problemas mentais não dá para acreditar lamentável nada justifica mesmo que fosse um paciente com problemas mentais ser tratado assim muito desumano o pior que aqueles que tinham que protege, patrão que abusavam de sua funcionária para esconder seu crime nossa por ter um poder dinheiro affs até chorei com essa matéria. Meu Deus.
31/08/2017 @ 18:05
TRISTE AQUI BEM PERTINHO JUNTO CONOSCO UMA BARBÁRIE,E SÓ AGORA FICAMOS SABENDO CREIO QUE É PORQUE JESUS CRISTO NOSSO DEUS ESTA AS PORTAS JÁ CHEGANDO E O BRASIL SE CONSCIENTIZE EM BUSCAR MAIS A AMAR O PRÓXIMO E FAZER O BEM O SOM DA TROMBETA JÁ JÁ VAI SOAR E O ARREBATAMENTO É PARA OS DE FÉ E VIDA PLENAMENTE MANSA , O CRIME O ROUBO E GANANCIA SERA EXTIRPADO DA TERRA, PENSEM NISSO O NOVO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO VAI TER QUE SER O EXEMPLO DESTA NAÇÃO!
23/10/2018 @ 04:41
Maria Emir, infelizmente não temos bons candidato. O candidato citado pela Sr diz q bandido bom é bandido morto. Na minha igreja vamos tentar regenerar esse bandido, tocar seu coração com o evangelho e o amor de Cristo e não com ódio.
21/01/2020 @ 20:25
Maria Enir, você está completamente iludida pelos pastores que roubam seu dinheiro e prometem essas coisas absurdas, pura fantasia. E o Bolsonaro é o capeta em pessoa, está destruindo o país, vendendo tudo que é nosso a preço de banana e enchendo os bolsos dele com enormes comissões. Está cada vez mais rico, ele e os filhos. Estão se lixando para o povo. Tenho pena das pessoas ingênuas como você.
Acorda, mulher !!
10/04/2018 @ 10:00
[…] os títulos disponíveis estão o curta ‘Bárbaras Cenas’, que conta a história do Hospital Colônia, hospital psiquiátrico onde os internos passavam fome e frio e onde 60 mil pessoas morreram, […]
18/10/2018 @ 22:34
Vocês querem um cara que apoia a tortura para que NÃO haja tortura??
Vão pro INFERNO cambada de satanistas!!!
26/01/2020 @ 16:58
Não é isso o que queremos. Queremos apenas alguém não compactuado com a corrupção que havia no governo anterior.
12/02/2021 @ 14:49
Hoje está provado que além de apoiar a tortura toda a família é corrupta.
23/10/2018 @ 00:40
não consigo entender como os cristãos estão cada vez mais desorientados,dizendo que esse candidato que promete prender os que são contrários politicamente a ele,e que se diz favorável à tortura,além de tanta maldade e ódio que profere…como podem dizer que ele será um exemplo?é uma pessoa maltratadora,sem amor por ninguém…que diz que pobre só serve para votar…como?eu não consigo seguir a linha de raciocínio dessas pessoas!eu tbm sou cristã…mas meu Cristo,o Cristo em quem eu creio é um pai de amor,e não é favorável a esse discurso de ódio…quantas vidas se vão perder..quanta gente será humilhada por esse governo tirano!Deus ajude que tenhamos discernimento e que consigamos analizar seu discurso mentiroso e demagogo,antes que seja tarde!
#torturanuncamais!
#elenão!
07/01/2020 @ 20:56
Concordo
14/10/2019 @ 14:40
Gostaria de obter informação sobre como conseguir dados do registro de internação de um menor ocorrido na década de 1970 no Hospital de Oliveira. Sou Assistente Social, e um familiar me solicitou investigar sobre o caso, pois seu pai internou seu irmão nessa instituição e nunca mais teve notícias.
Obrigada desde já.
14/10/2019 @ 15:45
Olá, então somos somente um veículo de mídia. E fizemos uma matéria sobre o tema, para realizar essa investigação é melhor entrar em contato com as pessoas que produziram o documentário sobre o tema ou o poder público.
Obrigado o comentário.
26/11/2019 @ 12:48
[…] do best-seller ‘Holocausto brasileiro‘, a jornalista Daniela Arbex lançou agora em 2019 o livro ‘Cova 312: A Longa Jornada De […]
19/01/2020 @ 06:31
Infelizmente essas pessoas eram conduzidas por seus familiares, que não queriam cuidar de pessoasproblemáticas, ND tem haver com governantes, este sim tem culpa de não fiscalizar esses locais, ou vcs acham que até hoje não existe asilos e manicômios em que há mais tratos, amor começa na família . Muito triste
22/01/2020 @ 11:32
Quanta ignorância de comentários! Gente, precisamos tentar mudar os políticos desse país que há anos roubam a nação. Tinha que ser Bolsonaro. Era o único candidato que não fazia parte dessa corja. Se ele não fizer o bem desse país, a gente troca por outro. Mas de todos os candidatos ele era o único que escapava. Não vamos apedrejar sem conhecer. Deixem o tempo correr!
22/01/2020 @ 16:35
Para que possamos mudar a situação do nosso país precisamos nos mudar primeiro. Ainda existem pessoas que votam porque vão ganhar algum dinheiro. Esquecem que pra comprar o voto um dia esse candidato roubou ou vai roubar o seu dinheiro. Gente vamos acordar, nos somos a força do nosso país! Depois não adianta ficar reclamando…
24/01/2020 @ 21:04
Eita povo ignorante, vem falar do atual presidente e os que passaram, e tudo o que já aconteceu com a saúde pública??? Sofrem Amnésia seletiva???
25/01/2020 @ 12:48
Eu conheci uma adolescente, na década de 70 que tinha umas visões, uns problemas de visões espirituais, os pais ao invés de procurar ajuda em algum lugar próprio para tentar resolver não, em uma das crises , ligaram para um asilo no interior e no mesmo dia a levaram em camisa de força, a mocinha gritava tanto, tanto , não tinha quem não se chovesse com a seja…muito triste!
18/03/2020 @ 17:03
E MUITO CRUELDADE DAS PESSOAS QUE SOFREM COM ESSA TANTA VIOLÊNCIA COM ESSA PESSOAS DOENTES MENTAIS E PSICOLOGICOS
17/07/2020 @ 17:08
[…] 1979, o Hospital Colônia era o maior hospital psiquiátrico do Brasil. Quando o psiquiatra italiano Franco Basaglia visitou […]
15/02/2021 @ 00:04
Infelizmente se forem a fundo nestes manicômios,clínicas ainda verão todo tipo de abuso..Meu irmão namorou uma moça que tinha problemas psiquiátricos , depressão,pânico .A família internava ela . Uma vez conversei com ela, e me contou que a dopavam e que o enfermeiro a estrupava. Ela contava para as pessoas e não acreditavam . Os remédios que tomava a deixavam grogue, ela sabia o que estava acontecendo,mas não tinha condições de fazer nada.
30/06/2021 @ 05:20
[…] Fonte / Fonte […]
10/11/2022 @ 11:57
impressionante o pensamento das pessoas. continuam esperando cristo
continuam fazendo vista grossa
continuam frequentando suas igrejas
continuam acreditando que o mal pode ser eliminado
nao querem acreditar que somos feitos de mal e bem
que o mal esta dentro de nos
e so