Lista: 7 organizações que atuam na defesa dos povos indígenas
Conheça 7 organizações do terceiro setor que atuam na defesa dos povos indígenas no Brasil
Por Redação
Historicamente, as populações indígenas brasileiras vivenciam ameaças à sua cultura e existência, tanto nas áreas urbanas quanto nas aldeadas. A crise humanitária que ocorre entre os povos Yanomami, marcada pela corrupção, falta de políticas públicas efetivas e o garimpo ilegal sinalizam a calamidade sanitária enfrentada por estes brasileiros.
Com a pandemia da Covid-19, as violações continuaram ocorrendo e, além da violência e das invasões de garimpeiros às suas terras, as populações indígenas sofrem com a vulnerabilidade e a fome. Neste cenário, conheça algumas das organizações que atuam em prol dos direitos básicos e da defesa das populações indígenas.
1. Comissão Guarani Yvyrupa (CGY)
Organização indígena que congrega coletivos do povo guarani das regiões Sul e Sudeste do Brasil na luta pelo território desde 2006. A CGY foi construída como um mecanismo de atuação nos processos de demarcação de terras indígenas, com base no art. 232 da Constituição de 1988. Atualmente, está sediada na aldeia Tenondé Porã, em São Paulo, com um escritório na região central e uma equipe intercultural de assessoria.
Além da articulação em defesa dos territórios indígenas, a organização vem realizando a campanha ‘Yvyrupa sem Covid‘ para reunir recursos que serão destinados à compra de cestas básicas, equipamentos de proteção individual e materiais de limpeza para o combate ao coronavírus no território guarani.
2. Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) fundada em 1992, com sede em Porto Velho, Rondônia. A atuação da Kanindé se estende pelos estados da Amazônia brasileira, como Amazonas, Mato Grosso, e Pará. A Kanindé atua com dezenas de etnias em uma série de atividades que vão desde cursos e capacitações até vigilâncias, reflorestamento e formação de agentes indígenas para combater as queimadas. Na pandemia estão promovendo a campanha ‘Povos da Amazônia’ para arrecadar recursos, como cestas básicas e kits de higiene e proteção para diversos povos indígenas.
3. Associação Expedicionários da Saúde (EDS)
A associação atua desde 2004 oferecendo atendimento médico clínico e odontológico gratuito às comunidades indígenas na Amazônia Legal Brasileira, incluindo a realização de cirurgias por meio do programa ‘Operando a Amazônia‘. Até o momento, a EDS, que tem sede em Campinas (SP), já realizou 44 expedições, envolvendo mais de 300 voluntários ligados à área da saúde.
Em 2020, a organização deu início ao programa ‘S.O.S Povos da Floresta’, que possibilitou o desenvolvimento de um modelo de Enfermaria de Campanha (EC) para fornecer oxigênio para 300 localidades na Amazônia, evitando que pacientes indígenas tivessem que se deslocar até os centros urbanos. No total, foram 262 enfermarias de campanhas criadas pela EDS.
4. Instituto Socioambiental (ISA)
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) fundada em 1994, com o objetivo de propor soluções de forma integrada a questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos originários, com sedes em São Paulo, Distrito Federal, Amazonas, Roraima, Mato Grosso do Sul e Pará.
Entre os programas desenvolvidos para as populações indígenas pelo ISA estão: Programa Xingu, focado na importância do corredor de áreas protegidas que inclui Terras Indígenas e Unidades de Conservação, ao longo do Rio Xingu; e o Programa de Política e Direito Socioambiental (PPDS), que busca promover políticas públicas e assegurar a implementação de direitos que garantam um meio ambiente ecologicamente equilibrado e condições dignas de vida para populações indígenas e tradicionais.
5. Centro de Trabalho Indigenista (CTI)
Associação sem fins lucrativos fundada em março de 1979 por antropólogos e indigenistas, que atua de forma direta em Terras Indígenas (TIs) através de projetos elaborados com base em demandas locais, visando contribuir para que os povos indígenas assumam o controle efetivo de seus territórios, além de popularizar o conhecimento sobre o papel do Estado na proteção e garantia dos direitos constitucionais das populações indígenas.
O CTI vem desenvolvendo projetos com comunidades guaranis que habitam Terras Indígenas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil; na TI Vale do Javari, localizada no extremo oeste do estado do Amazonas, que concentra grupos indígenas isolados; e com os povos denominados Timbira, família linguística Jê, situados nos estados do Pará, Maranhão e Tocantins.
6. Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME)
Organização sem fins lucrativos criada em 1990 em caráter regional e dedicada à defesa dos direitos das populações indígenas. Com 30 anos de existência, atua junto a uma população constituída por mais de 213 mil indígenas, em territórios e comunidades de 10 Estados compreendidos em sua área de abrangência (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), em prol da recuperação dos territórios tradicionais indígenas e da reivindicação de políticas públicas diferenciadas relativas a educação, saúde, desenvolvimento e sustentabilidade dos povos indígenas junto ao Poder Público.
7. Survival International
Organização internacional sediada em Londres, Inglaterra, que atua na defesa dos povos indígenas ao redor do mundo. No Brasil, a ONG trabalha em prol dos povos Guarani, Kawahiva e Yanomami. Entre os sucessos da Survival está o auxílio prestado para garantir a criação da reserva Yanomami, a maior área de floresta tropical controlada por povos indígenas no mundo. Formando alianças diretas com os povos indígenas, a Survival atua na questão do advocacy, pressionando governos e realizando campanhas internacionais na defesa dos povos originários.
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Modelo e ex-nadador roda país com projetos ambientais e ajuda xavantes
14/01/2022 @ 08:00
[…] O paulista Felipe Martins, de 33 anos, é modelo e foi nadador profissional por 15 anos, ficando entre os dez mais rápidos do mundo nos 50 metros borboleta. Depois que deixou as piscinas em 2016, ele fundou a empresa de produção de conteúdo GoMartins junto com seu irmão, Henrique Martins, também ex-nadador olímpico. Hoje, ele e o irmão viajam o Brasil com projetos ambientes e ajudam xavantes e comunidades indígenas. […]
ALESSANDRA L. ROCHA
22/01/2023 @ 14:00
Não é porque a necropolítica foi, de certo modo, uma herança deixada pelo sistema colonial que tenhamos, em pleno século XXI, que permanecer aceitando as suas consequências nefastas e repugnantes. O que vem acontecendo com diversos povos originários, no Brasil; sobretudo, os yanomamis 1, é mais do que negligência política, ou irresponsabilidade social, ou desumanidade.
Karl Wiligut
24/01/2023 @ 11:42
Os ditos representantes dos Indígenas está obeso e seu povo esquelético.
Esta conta não bate. É surreal como são usados como massa de manobra.
Monsyerrá Batista
25/05/2023 @ 10:58
Prezado Karl Wiligut o seu infeliz comentário mostra a sua visão deturpada e preconceituosa em relação a nós, povos originários. Devia se envergonhar, já que todos os crimes denunciados a tempos e que só agora estão sendo mostrados, foram cometidos por um (des)governo autoritário, burlesco, genocida e golpista que perfis elitistas e conservadores como o seu ajudou a eleger, você é no mínimo cúmplice e deveria rever seus conceitos, tendo em vista a consequência desastrosa decorrente desta aventura radical da extrema direita trumpista e seus apoiadores RUMINANTES fizeram a este pais. “Fundamentalistas, Racistas, Golpistas NÃO PASSARÃO!”
Rogis Coutinho de Araújo
25/07/2023 @ 15:23
Gostaria de saber como faço para trazer recursos para a etnia xerente?
Redação Observatório 3º Setor
26/07/2023 @ 14:41
Olá Rogis,
A nossa sugestão é que você procure em sua localidade, organizações do terceiro setor que realizem ações voltadas à causa dessa população. Boa sorte!