Na pandemia, mulheres imigrantes criam cooperativa de costura em SP

Cooperativa é formada por 22 mulheres imigrantes bolivianas que querem sair se livrar da exploração e aumentar rendimento de suas famílias

Por: Mariana Lima

Observando as dificuldades para conseguir emprego em meio à pandemia, 22 mulheres bolivianas se uniram e criaram a cooperativa ‘Emprendedoras Sin Fronteras‘, com foco na costura. O grupo de mulheres produz desde bolsas até biquínis, camisas e calças.

Outro motivo que levou à criação da cooperativa foi a questão da exploração enfrentada por elas em trabalhos anteriores. Algumas das mulheres que hoje compõem a cooperativa chegaram a trabalhar das 7h às 23h em outros empregos. O objetivo da criação da cooperativa é romper essa exploração.

Durante a pandemia, serviços ligados à regularização de imigrantes foram suspensos no Brasil. Com isso, muitos deles caíram em um limbo legal e tiveram, inclusive, dificuldades para conseguir atendimento médico.

A costura tem sido o sustento das famílias dessas mulheres, que esperam conseguir fortalecer e crescer a cooperativa.

Por enquanto, elas não conseguem viver somente da cooperativa, o que acaba as obrigando a aceitarem trabalhos nos quais são exploradas. O objetivo do grupo tem sido expandir as produções e parcerias.

O projeto acontece na Casa do Povo, localizada no bairro do Bom Retiro, na cidade de São Paulo, e aceita doações de tecidos e parcerias entre marcas, buscando pagar um valor justo às costureiras.

Não há dias fixos para trabalhar, pois depende das demandas de pedidos.

Fonte: ECOA | UOL