OSC e Casa de Marias promovem saúde mental de mulheres negras
Instituto Cactus se une à Casa de Marias para promover a saúde mental de mulheres negras no Brasil
Por: Juliana Lima
Atualmente, no Brasil, a depressão é um dos mais graves problemas de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 12 milhões de pessoas afetadas pela doença no país, com prevalência de diagnósticos em mulheres.
Com objetivo de atenuar o problema e promover a saúde mental de mulheres negras, o Instituto Cactus acaba de firmar uma parceria com a Casa de Marias, que promove serviços de cuidado à saúde mental focados nesse grupo específico, com especial atenção às dificuldades de se procurar e encontrar atendimento psicológico adequado e segmentado.
O projeto teve início em agosto de 2021 e até janeiro de 2022, a equipe da Casa de Marias vai acolher, de forma completamente gratuita, até 288 mulheres maiores de 18 anos nos serviços de atendimento psicológico. São duas modalidades de atendimento: os grupos de acolhimento emergenciais e os plantões de emergência, sendo disponibilizadas 40 vagas por mês nos grupos de acolhimento emergenciais abertos, com 1 encontro semanal com 10 vagas por semana, e até 8 vagas por mês de plantão psicológico ou triagem emergencial, realizando de 1 a 2 atendimentos por semana.
“Existem diferentes condições e experiências que sobrecarregam e impactam a saúde mental das mulheres negras e que implicam suscetibilidades distintas e exposições a riscos específicos de sofrimento psicológico. Os estigmas, as violências e as dificuldades são particulares para cada uma. Além disso, historicamente, as pessoas negras têm uma herança já muito adoecida e, por isso, a saúde mental dessa população está intimamente associada à maneira como a nossa sociedade funciona e enxerga essas pessoas”, explicou Ana Carolina Barros Silva, coordenadora geral da Casa de Marias.
Segundo a coordenadora, o projeto é, antes de tudo, uma forma de reparação histórica pelo sofrimento causado às pessoas negras, principalmente as mulheres. “Para pensarmos qualquer projeto de sociedade, em termos de justiça e igualdade, é necessário considerarmos quem ainda não está nesses mesmos patamares, com cuidado, empatia e resiliência. Não se trata apenas de renda ou educação, nem de saúde física somente, mas da promoção da saúde integral, especialmente a mental. Quando não cuidamos da saúde mental, perdemos a capacidade de sonhar e uma população adoecida não consegue olhar para si”, reforça Ana Carolina.
Para conhecer o projeto do Instituto Cactos e da Casa de Marias, acesse o link.
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