Oxfam: 573 novos ultrarricos surgiram durante a pandemia
Informações da ONG Oxfam, apresentadas durante Fórum Econômico Mundial, dizem que, juntos, novos bilionários possuem riqueza de US$ 12, 7 trilhões. Desigualdades de renda decorrentes da pandemia de covid-19 têm influência no aumento
Por Iara de Andrade
Durante a abertura do Fórum Econômico Mundial, em 22 de maio, em Davos, na Suíça, a Oxfam, organização não governamental que trabalha para diminuir as desigualdades, divulgou, em relatório, que atualmente existem 2.688 bilionários no mundo e que, juntos, eles possuem uma riqueza de US$ 12,7 trilhões.
Intitulado, na ocasião, “A necessidade urgente de taxar os ricos”, o documento diz que as dez pessoas mais ricas do mundo têm uma riqueza superior às 40% mais pobres e que os 20 bilionários mais ricos dispendem de uma fortuna maior do que o PIB da África Subsaariana.
A partir disso, a Oxfam apresentou uma série de medidas fiscais para ajudar a combater tais desigualdades. Entre elas, a taxação sobre lucros extraordinários dos bilionários para financiar os mais pobres e subsidiá-los pós-pandemia de forma justa e sustentável. De acordo com as informações divulgadas, impostos anuais de 2% sobre os milionários e 5% sobre os bilionários seriam capazes de gerar US$ 2,52 trilhões ao ano.
A organização também diz ser necessária a criação de um imposto temporário baseado nos lucros exorbitantes das multinacionais dos setores alimentício, farmacêutico e petroleiro.
O estudo, que se baseou no ranking da Forbes de pessoas mais ricas do mundo e em dados do Banco Mundial, mostrou ainda que ações das empresas de tecnologia dispararam durante a pandemia, criando novos bilionários, enquanto os mais pobres sofriam com a alta inflação nos preços de alimentos e energia.
Diante deste cenário, estima-se que 263 milhões de pessoas correm o risco de cair na pobreza extrema este ano.
Fonte: UOL