Relatório do Instituto Sou da Paz expõe dados sobre uso de câmeras em policiais
O Instituto Sou da Paz lançou uma publicação detalhando a experiência da polícia do estado de São Paulo na implementação dessa tecnologia. O objetivo é fornecer informações concretas para líderes, gestores e policiais, com base nos aprendizados, erros e acertos do projeto liderado pelo coronel na Polícia Militar de São Paulo, de 2018 a 2022.
Por Redação
A utilização de bodycams, câmeras acopladas ao corpo dos policiais, é um tópico amplamente debatido no contexto da segurança pública em todo o mundo. Essas câmeras têm se mostrado instrumentos valiosos para a promoção da segurança, conforme apontam inúmeras pesquisas científicas, reportagens na imprensa, eventos e discussões em curso sobre o assunto.
Recentemente, o Instituto Sou da Paz lançou uma publicação detalhando a experiência da polícia do estado de São Paulo na implementação dessa tecnologia. O objetivo é fornecer informações concretas para líderes, gestores e policiais, com base nos aprendizados, erros e acertos do projeto liderado pelo coronel da Reserva Robson Cabanas Duque, na Polícia Militar de São Paulo, de 2018 a 2022. O relatório também oferece estratégias e recomendações para aqueles que enfrentam o desafio de implantar programas semelhantes, incluindo a revisão aleatória de vídeos, a importância da formação e comunicação, bem como a produção de dados para a sociedade.
Para acessar o relatório na íntegra, acesse aqui.
O relatório enfatiza que as bodycams não são apenas para fins disciplinares, mas também oferecem proteção contra acusações injustas. Os dados demonstram uma redução na violência contra os policiais com o uso dessas câmeras; as imagens em vídeo também fortalecem as provas produzidas. São Paulo, por exemplo, viu uma significativa redução nas mortes de policiais e no uso da força desde a adoção das bodycams. No entanto, o relatório destaca que o sucesso da tecnologia depende do compromisso das lideranças com a profissionalização das atividades policiais.
Além disso, o documento ressalta a importância de considerar aspectos como infraestrutura, legalidade, segurança de dados e treinamento ao implantar as bodycams. Também aborda questões sensíveis, como a privacidade dos dados, mas conclui que a adoção dessa tecnologia pode contribuir para que o Brasil se destaque como um país democrático, caracterizado pela transparência e legitimidade de seus órgãos de segurança pública. Os casos de sucesso podem servir de modelo para outros estados brasileiros implementarem essa tecnologia, que tem trazido resultados positivos e impactantes para a segurança pública.
O relatório do Instituto Sou da Paz sobre a implementação de bodycams pela polícia de São Paulo está diretamente alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda da ONU. Em particular, ele contribui para o ODS 16, que busca promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas. A utilização dessas câmeras para aumentar a transparência e a responsabilização na aplicação da lei pode levar a uma redução da violência e melhorar a confiança da sociedade nas instituições de segurança.
As ações do Instituto Sou da Paz tem como objetivo contribuir para a efetivação de políticas públicas de segurança e prevenção da violência, pautadas por valores de democracia, justiça social e direitos humanos, por meio da mobilização da sociedade e do Estado e da difusão de práticas inovadoras nessa área.