Relatório do MapBiomas mostra redução de 27% no desmatamento de TIs
O MapBiomas, rede colaborativa formada por ONGs, universidade e startups de tecnologia, lançou o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil referente ao ano de 2023. De acordo com o estudo, no ano passado, o desmatamento em Terras Indígenas (TIs) teve redução de mais de 27% em comparação com o ano de 2022.
O MapBiomas, rede colaborativa formada por ONGs, universidade e startups de tecnologia, lançou o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil referente ao ano de 2023. De acordo com o estudo, no ano passado, o desmatamento em Terras Indígenas (TIs) teve redução de mais de 27% em comparação com o ano de 2022.
O relatório também mostrou que em 2023, foram observados 20.822 de perda de vegetação nativa dentro de TIs, o que representa 1,1%do desmatamento no Brasil no ano.
Outro relatório feito pelo Imazon, mostrou que o desmatamento em terras indígenas na Amazônia teve uma redução de 42% entre agosto de 2023 e março de 2024.
As áreas protegidas da Amazônia tiveram em 2023 o menor desmatamento em nove anos, desde 2014. Conforme o monitoramento por imagens de satélite do instituto de pesquisa Imazon, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação passou de 1.431 km² em 2022 para 386 km² em 2023, uma diminuição de 73%, quase quatro vezes menos, segundo o relatório.
Essa redução superou a queda geral na derrubada, que passou de 10.573 km² em 2022 para 4.030 km² em 2023, um decréscimo de 62%, quase três vezes a menos. Com isso, o desmatamento registrado de janeiro a dezembro do ano passado foi o menor em cinco anos, desde 2018.
Porém, o cenário ainda não é positivo. Os índices atuais representam a derrubada de cerca de 1,1 mil campos de futebol por dia, sendo superior ao registrado de 2008 a 2017, desde que o Imazon implantou seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Outro ponto preocupante em 2023 foi a degradação, que teve o terceiro aumento consecutivo em dezembro, o que pode ter relação com a seca e o aumento das queimadas. No último mês do ano, enquanto foram desmatados 108 km², outros 1.050 km² foram degradados, quase 10 vezes mais.
Para ver o relatório da MapBiomas, acesse aqui.