Sem ajuda, aldeias indígenas sofrem com incêndio em São Paulo
Os indígenas pedem ajuda, pois, além dos danos causados à natureza e aos animais que vivem no local, eles tiveram seus pertences queimados e estão sem água. O incêndio ocorreu no Parque Estadual do Jaraguá
Vídeos compartilhados pela ativista Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), mostram um incêndio no Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo, no último domingo (21/06).
O parque abriga duas aldeias indígenas que tiveram problemas na captação de água por causa do incêndio. Em seu perfil do Instagram, Sonia Guajajara reforça os pedidos dos índios para que sejam enviados esforços das autoridades para conter as chamas que se alastram pela mata e se aproximaram da aldeia guarani Tekoa Itakupe.
“Os indígenas estão apagando o fogo sozinhos !! SOS”, postou Sonia. Conforme relatos da ativista, o cemitério sagrado da aldeia e os canos de abastecimento de água foram atingidos pelas chamas, que ameaçam alcançar também as moradias.
Pelo Twitter, o Corpo de Bombeiros de São Paulo afirmou que os trabalhos tinham sido finalizados no local.
Os indígenas pedem ajuda, pois, além dos danos causados à natureza e aos animais que vivem no local, os indígenas tiveram seus pertences queimados e estão sem água.
Até o momento, os indígenas não tiveram nenhuma ajuda do governo municipal. Quem quiser ajudar, pode depositar qualquer valor na conta: Banco do Brasil, agência: 0297-6, conta corrente: 074870-6 / Geni Vidal – CPF: 344089178-00.
O incêndio pode ter ocorrido por causa da queda de um balão. Mesmo sendo algo proibido e ilegal, pessoas continuam soltando balões, principalmente em tempo seco, o que aumenta o risco de incêndio.
O Projeto de Lei 1176/19 aumenta a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões. Pela proposta, a penalidade prevista é reclusão de cinco a oito anos e multa. Atualmente, a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) prevê detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Confira o minidocumentário que o Observatório do Terceiro Setor produziu, em 2019, sobre os Guaranis que vivem na região.
Fonte: Extra