ONG que atuou em Gaza fornece comida às vítimas no RS

Impacto das ONGs
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A ONG internacional World Central Kitchen (WCK – Cozinha Central Mundial), que atua em eventos naturais de grande porte e guerras, está fornecendo alimentação às comunidades no Rio Grande do Sul. Ação solidária chama atenção ao sofrimento das pessoas atingidas pelas enchentes; milhares continuam desabrigados e muitos sem emprego.

Equipe da organização internacional WCK em atuação no RS para apoiar atingidos pelas chuvas / Divulgação WCK

 

O sofrimento das pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul ainda não acabou. Milhares ainda continuam desabrigados e muitos sem emprego. Então, o trabalho das ONGs é fundamental nesse momento que a tragédia está perdendo visibilidade. A ONG World Central Kitchen (WCK – Cozinha Central Mundial), que foi notícia há pouco tempo, quando sete dos seus integrantes foram mortos na Faixa de Gaza em um bombardeio realizado por forças israelenses, está fornecendo alimentação para as pessoas no Rio Grande do Sul.

A ONG internacional, que atua em eventos naturais de grande porte (terremotos, enchentes, furacões, etc) e guerras (Faixa de Gaza e Ucrânia), uniu-se, em Porto Alegre, ao Instituto FeedMe (Alimente-me) para distribuir marmitas a atingidos pelas enchentes em toda a região metropolitana. As duas juntas chegaram a servir mais de 20 mil refeições diárias em áreas carentes. Ainda estão atuando, mas reduzindo o ritmo em razão da volta de muitas pessoas para as suas vidas habituais.

Esta é a quarta vez que WCK atua no Brasil, depois de liderar, em 2022, o socorro às vítimas das enchentes da Bahia, onde foram servidas 64 mil refeições diárias depois que chuvas intensas intensas levaram a enchentes que romperam barragens, submergindo cidades e deslocando dezenas de milhares de pessoas.

Com uma equipe de quase 20 integrantes, a organização está atuando em várias frentes. Integrantes do grupo, uma chilena e uma guatemalteca – que não quiseram se identificar porque a organização tem um líder que fala e atende a imprensa, o espanhol Juan Camilo – contaram que estão servindo refeições em Canoas, São Leopoldo, Esteio e Sapucaia.

As duas estavam em uma lavanderia self-service no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, em altas conversas e foram interagindo com outros clientes. Ao final da história, todo mundo tinha alguma ligação com as enchentes. Um casal de idosos, da zona norte, contava os prejuízos que teve com a invasão das águas em seu apartamento térreo e acabou recebendo ajuda da Inglaterra e Estados Unidos. Um voluntário de Brasília narrava as suas peripécias na Ilha dos Marinheiros. Outros falavam de falta de luz e água e das chuvas que não param. Mas o foco acabou sendo a atuação da WCK, pela curiosidade das pessoas com a presença estrangeira no fornecimento de refeições.

World Central Kitchen

Fundada em 2010 pelo chef espanhol José Andrés, a World Central Kitchen começou com um bate-papo entre ele e sua mulher Patrícia. Discutiam questões da humanidade, problemas de guerras, tragédias ambientais e a fome, que grassava em vários lugares do mundo. Aí surgiu uma ideia simples: “Quando as pessoas estiverem com fome, mande cozinheiros. Não amanhã, hoje”, concluíram.

A partir daí, a organização começou a mil por hora. A World Central Kitchen se estruturou, buscou recursos e obteve amplo apoio em todo o mundo. As suas ações logo saíram dos horizontes europeus e foram para a América Latina e Europa e esteve presente em algumas das maiores crises humanitárias do século, como as guerras entre Rússia e Ucrânia e na Faixa de Gaza, terremotos na Ásia e furacões e enchentes, onde quer que aconteçam. Para conhecer melhor seu trabalho clique aqui!

 

Fonte: Brasil de Fato


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