Violência contra a mulher aumentou 44,9% durante pandemia em SP
Relatório ainda ressalta que as mulheres estão tendo mais dificuldades para denunciar devido às medidas da quarentena
Por: Isabela Alves
A violência contra a mulher aumentou 44,9% no Estado de São Paulo desde o início da pandemia de Covid-19. O dado é de um relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), produzido a pedido do Banco Mundial.
O estudo analisou a situação dos seguintes Estados: São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará.
O total de atendimentos prestados às vítimas pela Polícia Militar de São Paulo subiu de 6.775 para 9.817, em comparação ao mesmo período de março do ano passado. O número de feminicídios foi de 13 para 19 casos, representando um aumento de 46,2%.
No Acre, houve um aumento de 2,1% nos chamados da Polícia Militar no Estado e também foram registrados dois feminicídios, contra um ocorrido em março do ano passado.
Os casos de lesão corporal (quando há intenção de ferir) no Rio Grande do Norte tiveram um aumento de 34,1%, enquanto os casos de ameaça foram de 54,3%. Os números de estupro de vulnerável no Estado dobraram em relação a março do ano passado, e registrou um total de 40 casos.
No Rio Grande do Norte, houve um caso de feminicídio em março de 2019, enquanto neste ano foram 4. Outro dado alarmante é que no Mato Grosso os feminicídios quintuplicaram, subindo de duas para dez ocorrências.
O relatório ainda ressalta que pode haver subnotificação de ocorrências, já que muitas vítimas vão enfrentar mais obstáculos para realizar as denúncias devido às medidas de quarentena e isolamento social.
No Acre, por exemplo, apesar dos dados mostrarem o aumento das agressões, também houve a queda de 28,6% nos boletins de ocorrência. Outros estados do Ceará (-29,1%), Mato Grosso (-21,9%), Pará (-13,2%) e Rio Grande do Sul (-9,4%) também registraram menos boletins de ocorrência.
O FBSP ainda destacou que a percepção dos vizinhos sobre a violência contra a mulher aumentou na época da quarentena. Só no Twitter, as menções e relatos sobre as brigas de vizinhos totalizaram 52 mil postagens, entre fevereiro e abril deste ano.
Fonte: Agência Brasil
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