No Dia Internacional da Educação, conheça o impacto do setor filantrópico na educação básica no Brasil
Por Custódio Pereira
O Dia Internacional da Educação é uma celebração global que nos convida a refletir sobre o papel fundamental da educação na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, reconhecendo o seu papel-chave para promover a paz e o desenvolvimento.
Somente com o acesso a uma educação inclusiva, de qualidade e equitativa, seremos capazes de interromper o ciclo de pobreza que têm marginalizado milhões de crianças, jovens e adultos em todo o mundo.
Nesse contexto, torna-se imperativo destacar o papel fundamental das instituições filantrópicas no progresso e democratização da educação em nosso país. A pesquisa “A Contrapartida da Filantropia para o Brasil”, conduzida pelo FONIF, evidencia os resultados notáveis dessas entidades, sobretudo no âmbito da educação básica.
São 4.961 escolas dedicadas à educação básica, o que corresponde a 12% do total no Brasil. Em 2020, foram destinadas 304 mil bolsas, sendo 51 mil alunos em escolas filantrópicas de educação 100% gratuita (sem qualquer modalidade de pagamento ou contraprestação de serviço associada).
Quando se trata da qualidade da educação fornecida, os resultados são igualmente notáveis. Em 2020, a média das notas dos alunos de escolas filantrópicas no ENEM superou em 17% a média dos demais alunos da educação básica.
Como sociedade, precisamos conhecer e valorizar o esforço e a dedicação das instituições filantrópicas no Brasil. O comprometimento dessas entidades com a educação, sua contribuição significativa para a inclusão e o acesso à educação de qualidade, além de sua capacidade de gerar resultados tangíveis, são fundamentais para transformar o futuro do nosso país.
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A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião do Observatório do Terceiro Setor.
*Custódio Pereira é presidente do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF), Mestre em Administração pelo Mackenzie e Doutor em Historia Econômica pela USP.