Em 2020, o Brasil registrou queda de 4,5% nas denúncias de violência sexual infantil no disque 100. O cenário de subnotificação foi potencializado durante a pandemia, pelo fechamento de espaços de sociabilidade e escolas, locais em que a violação é percebida. Enquanto isso, as vítimas passaram a conviver constantemente com seus abusadores.
De acordo com os números do segundo semestre de 2020 do Disque 100, 67,30% dos suspeitos de cometer o abuso são familiares da vítima. No total, 84% dos casos ocorrem em residências, sendo que, em 45% dos registros, a violência sexual aconteceu na casa em que coabitam vítima e suspeito.
Para refletir sobre a violência sexual infantil, recebemos, no Olhar da Cidadania desta quarta-feira, 15 de setembro, Luciana Temer, diretora presidente do Instituto Liberta, advogada e professora doutora em Direito pela PUC-SP, e Joceline Conrado, psicóloga de orientação psicanalítica, especialista em políticas públicas e desenvolvimento social e facilitadora de projetos na Plan International Brasil em São Luís (MA).
O programa também contou com a participação dos colunistas Christian Dunker, psicanalista e professor titular da USP, que falou sobre a naturalização do sofrimento, e Marcos Perez, professor da Faculdade de Direito da USP, que falou sobre o acesso tardio à justiça.
O programa foi apresentado pelo jornalista Joel Scala.
Olhar da Cidadania na Rádio USP
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