Projeto celebra a riqueza cultural das comunidades quilombolas do Paraná

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Para resgatar e compartilhar as memórias das comunidades quilombolas, o projeto daptou cinco histórias em peças teatrais que são apresentadas em escolas públicas, hospitais e espaços comunitários

Promovido pela Encantar – Ensino e Cultura, em parceria com o Instituto História Viva, o projeto adaptou cinco histórias em peças teatrais que são apresentadas em escolas públicas, hospitais e espaços comunitários. O objetivo é resgatar e compartilhar as memórias das comunidades quilombolas, além de fortalecer suas expressões culturais.

O projeto não se limita às apresentações teatrais. Inclui também oficinas de capacitação e atividades interativas entre diferentes gerações, promove o acesso à cultura e estimula o interesse pela arte entre crianças e jovens. Roseli Bassi, fundadora do Instituto História Viva e coordenadora do projeto, destaca a importância de conectar as histórias dessas comunidades com as novas gerações. Ela também explica, usando as palavras de Ricardo de Andrade, que “negros não são descendentes de escravos, como dizem os livros escolares. São descendentes de civilizações africanas, de Reinados fortes e poderosos. São descendentes de Reis, Rainhas, Príncipes e Princesas. São parentes de homens e mulheres que desenvolveram a escrita, a astrologia, as ciências e as pirâmides. São fruto de um povo que desenvolveu as técnicas agrícolas e que domina a medicina alternativa. São fruto de um povo que conhece as folhas e como despertar o poder delas”.

Com uma abordagem que valoriza a educação e a preservação da cultura, o projeto Histórias Vivas Quilombolas reafirma seu compromisso com a inclusão social e a diversidade cultural brasileira, por meio da contação de histórias, plantando sementes de respeito e valorização das culturas ancestrais”, diz Roseli Bassi.

Clarice Tenório Barbosa, aos 64 anos, é um exemplo da resiliência e da rica herança cultural das comunidades quilombolas. Desde os seis anos de idade, cuidava dos seus seis irmãos mais novos enquanto sua mãe, Terezinha Tenório, cortava lenha e empilhava, ensinando-a também a fazer chapéus de palha trançados. Por isso, foi uma das escolhidas para retratar sua história ao projeto.

A idealizadora do projeto, Roseli Bassi, afirma que as apresentações das ‘Histórias de Vidas Quilombolas’ têm sido um sucesso e, por este motivo, a Encantar, que atua em parceria com o instituto, busca novos patrocinadores para poder levar esta iniciativa para mais escolas. Roseli afirma que o que ela mais escuta é que ” todos os alunos, de todas as escolas, deveriam poder assistir”.

SERVIÇO
Última Apresentação fechada do semestre:
02 de julho de 2024 – 14h00 – Hospital de Clinicas de Curitiba – Rua General Carneiro 181 – Alto da Glória – Curitiba
As histórias encantadas também são gravadas para o Youtube e as apresentações abertas ao público em geral acontecerão a partir de Agosto/24. Acesse a agenda completa em www.encantar.art.br


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