Ignorados: Brasil tem 50 milhões de pessoas vivendo na pobreza
São 50 milhões de pessoas com renda mensal de até R$ 450. E cerca de 12 milhões vivem na extrema pobreza, com menos de R$ 155 por mês
Um em cada quatro brasileiros vive na pobreza. São 50 milhões de pessoas com renda mensal de até R$ 450. E cerca de 12 milhões vivem na extrema pobreza, com menos de R$ 155 por mês. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (03/12) pelo IBGE, e que tem dados referentes a 2020.
O Instituto utilizou nessa análise os parâmetros do Banco Mundial de US$ 1,90 diário para extrema pobreza e US$ 5,50 para a pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra a preços internacionais de 2011, dentre outras linhas de pobreza utilizadas para diferentes propósitos no país.
“Quando falamos de pobreza, nesse estudo, estamos nos referindo à pobreza monetária, ou seja, por insuficiência de renda, sem considerar outras dimensões, como acesso à educação, saúde e moradia adequada”, ressalta Barbara Cobo, analista do IBGE.
A incidência de extrema pobreza em 2020 ficou estável quando comparada a 2012, início da série, aumentou frente a 2014, ano com menor nível no indicador, e caiu em relação a 2019. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza em 2020 caiu em relação a 2012, ficou estável frente a 2014 e diminuiu em comparação com 2019.
“É importante frisar que esse comportamento foi muito diferente regionalmente. Considerando a linha de US$ 5,50, por exemplo, Norte e Nordeste tiveram quedas em relação a 2019, enquanto Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram estabilidade. O comportamento Brasil foi muito influenciado pelo que aconteceu nas regiões Norte e Nordeste”, destaca Cobo.
Pela primeira vez, o IBGE avaliou o impacto dos programas sociais na incidência de pobreza e extrema pobreza no país. Em um cenário hipotético sem o pagamento de benefícios, de 2012 a 2019, a proporção de pessoas nessas condições estaria num patamar de 2 a 3 pontos percentuais mais elevado, mas o comportamento do indicador seria o mesmo.
Porém, em 2020, ano afetado pela pandemia de coronavírus, o impacto da concessão de programas sociais se intensificou: a diferença de patamar com e sem os benefícios seria de 7,2 pontos percentuais para extrema pobreza e 8,0 pontos percentuais para pobreza. Além disso, haveria uma inversão no comportamento do indicador em relação ao ano anterior, e a proporção de pessoas em extrema pobreza e pobreza teria aumentado ao invés de diminuído.
Fonte: IBGE Notícias
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