Doutores da Alegria leva carnaval aos hospitais de SP
Doutores da alegria realiza cortejo em corredores e alas disposto a cativar os foliões, contando com marchinhas compostas pelos próprios artistas
Após dois anos de paralisação em virtude da pandemia da Covid-19, o Bloco do Riso Frouxo, da Associação Doutores da Alegria, a iniciativa chega à quinta edição para levar a celebração de Momo às crianças internadas em hospitais públicos de São Paulo, seus acompanhantes e profissionais de saúde. Ao todo, serão dez apresentações em oito unidades de saúde, até o dia 16 de fevereiro.
O elenco paulistano da associação resgata a espontaneidade do carnaval de rua e se inspira nas tradições dos pequenos blocos. O cortejo vai percorrer corredores e alas disposto a cativar os foliões, contando com marchinhas compostas pelos próprios artistas. Toda a ação é construída a partir da linguagem do palhaço, com base no improviso e no humor, potencializando as relações saudáveis e contribuindo com a inclusão sociocultural.
O Bloco fez suas primeiras apresentações passando pelo Instituto da Criança, Hospital Geral do Grajaú, Hospital Santa Marcelina, Instituto de Tratamento do Câncer Infantil e Hospital do Mandaqui, Hospital Universitário e Hospital M’Boi Mirim. Nesta quinta-feira (15/2) encerra no Hospital Municipal do Campo Limpo.
“O retorno do Bloco do Riso Frouxo aos hospitais de São Paulo – assim como o Bloco do Miolo Mole nas unidades de saúde do Recife e o Carnaval do Plateias Hospitalares no Rio de Janeiro – significa para Doutores da Alegria a retomada da alegria do encontro e dos processos criativos que estiveram paralisados durante a pandemia. A população brasileira quer voltar a brincar, cantar e se divertir de forma mais plena. Claro que os cuidados com a Covid-19 ainda são necessários, mas o avanço da vacinação hoje nos permite este momento”, comenta o diretor artístico da associação Ronaldo Aguiar.
Doutores da Alegria – Doutores da Alegria é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que propõe a arte como mínimo social, ou seja, como uma das necessidades básicas para o desenvolvimento digno do ser humano, assim como alimentação, saúde, moradia e educação. O grupo introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos.
Atualmente, desenvolve o Programa de Palhaços em 12 hospitais de São Paulo e Recife. No Rio de Janeiro, com o projeto Plateias Hospitalares, mantém uma programação artística permanente e diversa em sete hospitais.
O trabalho da associação Doutores da Alegria, gratuito para os hospitais, é mantido por doações de empresas e de pessoas físicas, tanto por recursos próprios quanto por recursos advindos por meio das leis de incentivo fiscal. As atividades As ações contribuem para o alcance dos ODS 3 e 4, metas da Agenda 2030 da ONU que promove saúde e bem estar, educação de qualidade e acesso à cultura.