Brasileira quilombola é destaque em ensaio do jornal The Guardian
Maria do Socorro Silva luta contra a maior refinaria de alumínio na Amazônia, no Pará
Por: Isabela Alves
O jornal britânico The Guardian realizou um ensaio fotográfico com nove ambientalistas que arriscam tudo para proteger seus lares, terras e ecossistemas naturais, e a brasileira Maria do Socorro Silva é um dos destaques da série.
Há 10 anos, a ativista luta contra a empresa Hydro Alunorte, a maior refinaria de alumínio na Amazônia. A empresa está sendo acusada de ter dutos irregulares e utilizá-los para despejar água contaminada no rio Pará, em Barcarena (PA).
Além de Maria do Socorro, o jornal também destacou a atuação de outros oito ativistas. Entre eles estão Aida Isela Gonzalez Diaz, antropóloga mexicana que enfrenta gangues de narcotraficantes e os interesses do agronegócio; Ramón Bedoya, agricultor colombiano, que resiste à expropriação de sua propriedade familiar; Samuel Loware, que combate caçadores armados; e Bobby Chan e Marivic Danyan, das Filipinas, que estão protegendo os corais marinhos e as terras da comunidade.
Acesse o ensaio do The Guardian clicando aqui. Para ler a reportagem do The Guardian sobre a quilombola Maria do Socorro Silva, clique aqui.
Brasil lidera lista de assassinatos de ativistas ambientais em 2017
O jornal britânico também destacou que dois ativistas e amigos de Maria do Socorro foram assassinados em dezembro do ano passado. Ninguém foi preso e as mortes estariam supostamente ligadas a poderosos políticos locais.
Segundo a ONG britânica Global Witness, 2017 foi o ano com o maior número de mortes de defensores do meio ambiente já registrado. No mundo, pelo menos 207 defensores foram assassinados. Outro dado alarmante é que o Brasil é o país com o maior índice de ativistas ambientais mortos. Foram 57 assassinatos do tipo contabilizados.