Valor da cesta básica em SP é 3 meses de renda de 15 milhões no Brasil
No último mês de 2018, as notícias continuam não sendo boas para a maioria da população no Brasil. 15,2 milhões de brasileiros vivem na extrema pobreza, com renda de até R$ 140 por mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E, pelo segundo mês consecutivo, houve aumento no preço do conjunto de alimentos essenciais em 16 das 18 cidades onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas foram registradas em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%).
A cesta básica mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87). Em 12 meses, os preços médios da cesta aumentaram em todas as cidades. As taxas oscilaram entre 1,22%, em Natal, e 15,50%, em Campo Grande. Em 2018, todas as capitais acumularam alta, com destaque para Campo Grande (14,89%), Brasília (13,44%) e Fortaleza (12,03%).
Para os 15,2 milhões de brasileiros que vivem com até R$ 140 por mês, uma cesta básica em São Paulo representa mais que todo o dinheiro com o qual eles sobrevivem por três meses.
Com base na cesta básica mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em novembro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.959,98, ou 4,15 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00.