Em 2020, quase 2 milhões de crianças podem não retornar à escola
Alerta foi dado pelo UNICEF e é referente apenas ao Brasil; organização pede que municípios se engajem na luta contra a evasão escolar
Por: Mariana Lima
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou um alerta em relação à evasão escolar no Brasil. A organização apontou que mais de 2 milhões de crianças e adolescentes podem não retornar para uma sala de aula neste ano letivo.
Para combater esse quadro, o UNICEF está pedindo a todos os municípios brasileiros que realizem a Busca Ativa Escolar, ou seja, que montem equipes da administração pública e da sociedade civil que procurem esses jovens e os ajudem a retornar à escola.
Apesar dos avanços já alcançados pelo país em relação ao acesso à educação, de acordo com a Pnad Contínua 2017, 1,9 milhão de crianças e adolescentes continuam fora da escola no Brasil.
As crianças que estão fora da escola, em grande maioria são pobres, negras, indígenas e quilombolas. E, por estarem em camadas mais vulneráveis da população, outros direitos acabam sendo desrespeitados.
Muitas delas abandonaram a escola para trabalhar e colaborar com a renda familiar, enquanto outras possuem algum tipo de deficiência. Além disso, grande parte vive nas periferias de centros urbanos, no Semiárido, na Amazônia e nas zonas rurais.
O próprio sucateamento do ambiente escolar pode ser um dos fatores que as afastaram, como a falta de oportunidades necessárias para aprender, resultando em uma reprovação constante até deixarem a escola, ou o bullying e o preconceito.
Até o momento, 3 mil municípios brasileiros estão engajados em ações da Busca Ativa Escolar, iniciativa que promove o retorno à escola, além do encaminhamento para diversos serviços públicos como o de Saúde e Assistência Social, de acordo com a realidade dos estudantes e os motivos do abandono escolar.
Fonte: UNICEF
Genivaldo
28/01/2020 @ 20:20
Não basta buscar estes “alunos”, é preciso, e em caráter de urgência a criação de políticas educacionais que garantam a permanência desses alunos na escola, infelizmente o Projeto Político Pedagógico é visto apenas como mais um documento burocrático criado apenas por obrigação burocrática “mas tudo bem se não o lemos, ou se quer tenhamos a curiosidade de sabermos da existência do mesmo” ?