Plataforma reúne dados e perfis de mulheres na ciência brasileira
Ao todo, o projeto Open Box da Ciência destaca 250 cientistas e pesquisadoras mulheres, além de trazer um levantamento inédito
Por: Mariana Lima
Visando trazer visibilidade às carreiras de diversas mulheres que estão contribuindo para o desenvolvimento da ciência nacional, a organização de mídia Gênero e Número criou o projeto Open Box da Ciência.
A plataforma identificou 250 mulheres que protagonizam a pesquisa científica brasileira e reuniu dados sobre a ocupação feminina no espaço acadêmico.
O projeto foi desenvolvido com o apoio do Instituto Serrapilheira, e utilizou dados da plataforma Lattes para criar um algoritmo capaz de pontuar pesquisadores e pesquisadoras.
A pontuação é feita a partir dos seguintes critérios:
- A quantidade de artigos publicados em revistas de impacto;
- Ordem de autoria dos artigos;
- Quantidade de prêmios recebidos;
- Quantas vezes já participou ou organizou eventos – incluindo congressos, exposições e feiras cientificas;
- E se tem, no mínimo, o doutorado.
Com base na pontuação foram selecionadas 50 mulheres que melhor pontuaram nas áreas de ciências biológicas, exatas, saúde, sociais aplicadas e engenharias.
Os organizadores da plataforma também se preocuparam com a representatividade racial, assim em cada área são apresentadas, no mínimo, cinco cientistas pretas e pardas.
A ferramenta possibilitou observar dados inéditos em relação à presença feminina na ciência brasileira. De acordo com a plataforma, mulheres representam apenas 26% dos doutores de engenharia, enquanto 31% delas atuam nas ciências exatas. A área com maior representatividade feminina é a de ciências da saúde, com 56%.
Além dos dados, a Open Box da Ciência também disponibilizará entrevistas e perfis de pesquisadoras de todo o Brasil, como uma forma de divulgar o trabalho delas.
Fonte: Galileu