Heroínas: mãe e filha profissionais de enfermagem morrem de Covid-19
Mãe e filha atuavam na linha de frente no combate à Covid-19, apesar de pertencerem ao grupo de risco, e morreram com apenas uma semana de diferença
O Brasil vem sofrendo muito com a pandemia de Covid-19. Com mais de 200 mil infectados e mais de 14 mil mortos, o país ainda não enxerga o fim do surto. As pessoas que trabalham na linha de frente são as que mais sofrem.
Até a última terça-feira (12/05), mais de 100 profissionais de enfermagem tinham perdido a vida em decorrência da Covid-19. 100 profissionais da Enfermagem se reuniram na área externa do Museu da República, em Brasília, para homenagear os colegas mortos pelo novo coronavírus.
Entre os casos de profissionais de enfermagem mortos pela doença estão os de Kátia Almeida Cardoso, de 49 anos, e de sua filha, Diélida Cardoso Ferreira, de 33 anos.
As duas morreram com apenas uma semana de diferença. A primeira a morrer foi a mãe. Depois foi a vez de Diélida, no dia 14 de maio.
Mãe e filha eram profissionais de saúde e, apesar de pertencerem ao grupo de risco da Covid-19, por terem problemas no coração, não foram afastadas do trabalho. A técnica em enfermagem Kátia já tinha até mesmo sofrido um infarto e trabalhava em uma clínica particular.
Diélida ficou internada por mais de 20 dias, mas não resistiu. Ela trabalhava na chamada “linha de frente” da pandemia de Covid-19 no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio e em uma UPA de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Em uma de suas últimas publicações na internet, Diélida oferecia ajuda para tirar dúvidas sobre a Covid-19 e pedia que as pessoas ficassem em casa, já que ela não podia.
O sindicato dos enfermeiros informou que conseguiu uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho que autoriza o afastamento imediato dos profissionais que são considerados do grupo de risco.
Maria Madalena Moraes Ferreira
18/05/2020 @ 05:06
Meus sentimentos por todos os mortos infectados. Que Deus conforte o coração das famílias neste momento de dor e perda.
Eu estou de quarentena e sigo a risco todo cuidado.
Os brasileiros são teimosos.
Deus abençoe a todos os profissionais da saúde. E os voluntários.
Eles deveriam ter um lugar digno para o descanso. Pagamos impostos.