Iniciativa promove a capacitação de entregadores de bicicleta
Projeto ‘Viver de Bike’, do Instituto Aromeiazero, oferece um curso sobre a mecânica da bicicleta, além de informações sobre pedalar na cidade e gestão financeira
Por: Mariana Lima
O Instituto Aromeiazero surgiu em 2001, em São Paulo, para atuar junto a projetos de transformação social, redução das desigualdades e consolidação de cidades mais sustentáveis com base na bicicleta.
Para viabilizar seus propósitos, o Instituto desenvolveu o projeto ‘Viver de Bike’, em que promove a geração de renda através da bicicleta, principalmente junto à população moradora das periferias e de baixa renda.
No cursos, os participantes têm acesso a um conteúdo que inclui a abordagem da mecânica de bicicleta, informações importantes sobre pedalar na cidade e empreendedorismo e gestão financeira.
Durante o andamento das aulas, cada aluno reforma uma bicicleta, adquirida pelo projeto por meio de campanhas de doação, e no final os alunos podem ficar com elas. Desta forma, eles têm acesso à parte essencial de um empreendimento de bicicleta que foi idealizado ao longo do curso.
Até o momento, mais de 800 pessoas aprenderam sobre mecânica, 4 mil bicicletas foram consertadas de graça e 300 pessoas se formaram pelo projeto.
Nos últimos anos, o número de profissionais que atuam com entregas em bicicletas vem aumentando em grandes centros urbanos. Mesmo com algumas atividades suspensas, devido ao isolamento, o Instituto tem como meta criar uma plataforma digital ou de ensino a distância.
O instituto também buscou entender como os entregadores tinham sido afetados no cotidiano pela pandemia e realizou uma pesquisa, com 70 entrevistados, que originou duas ações:
Pedal Contra o Corona, que resultou na manutenção da bicicleta de forma gratuita para entregadores e a distribuição de 370 kits com máscaras e álcool em gel, além de orientações para prevenção contra a Covid-19.
Delivery Justo, que está em andamento. Busca iniciativas para conectar negócios a entregadores de bairro. O Instituto quer incentivar os comerciantes de bairro a implementarem seus próprios serviços de entrega de bairro, e promover a conexão com trabalhadores ou cooperativas, como a Señorita Courier, que é focada mulheres e pessoas trans.
Quem entrega?
Uma pesquisa realizada pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicleta) revelou o perfil dos entregadores, com base em 270 entrevistadores na capital paulista.
Em geral, ele é um homem negro entre 18 e 22 anos de idade, morador das periferias, com ensino médio completo, que estava desempregado e agora trabalha todos os dias da semana, de nove a dez horas por dia, com ganho médio de R$ 992 por mês.
Fonte: ECOA – UOL
Prova de ciclismo em São Paulo quer arrecadar 5 toneladas de alimentos
25/05/2022 @ 08:16
[…] opção foi se cadastrar para fazer delivery por aplicativo, o que muitas vezes pode ser feito de bicicleta“, […]