Médica autista comanda hospital de campanha de Covid-19, em Rondônia
A história de Larissa Rodrigues Assunção, de 26 anos, tem diversas semelhanças com a do personagem Shaun Murphy, da série ‘The Good Doctor’. Autista, ela precisou enfrentar muitos desafios para se tornar médica
Por: Isabela Alves
A médica Larissa Rodrigues Assunção, de 26 anos, é a diretora clínica do Hospital de Campanha Zona Leste, em Porto Velho (RO), onde atende diversos pacientes diagnosticados com Covid-19.
Sua carga horária semanal é de 80 horas. Além dos atendimentos, a médica é responsável por atualizar os prontuários, coordenar as equipes médicas e dar suporte emocional aos pacientes da melhor maneira possível.
Apesar de ser jovem para tal cargo, esse não é o primeiro grande desafio que Larissa enfrentou ao longo da vida. Durante a infância, ela foi diagnosticada com o transtorno de espectro autista (TEA).
Na adolescência, ela precisou trocar de escola várias vezes, pois era alvo de bullying das outras crianças. Por conta destes traumas, Larissa passou a ter problemas para se relacionar e até para estabelecer contato visual com as pessoas.
Depois de se formar em medicina pelo Centro Universitário Aparício de Carvalho (Unifica), passou a atuar no departamento de cirurgia do Hospital San Jose St. Bonaventure. Em seguida, ela fez uma pós-graduação em neurociências pela Universidade Duke (EUA).
A sua história se assemelha com a do Dr. Shaun Murphy, da série ‘The Good Doctor: O Bom Doutor’. No seriado, Shaun é um jovem médico recém-formado com autismo que teve uma infância problemática.
Atualmente, a jovem está finalizando duas especializações: neuroimagem pela Universidade Johns Hopkins (EUA) e psiquiatria pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
No ano passado, Larissa passou a atuar na linha de frente da pandemia, porque queria focar no problema mais urgente do país. Ela diz que se transformou durante esse período e que isso fez com que ela mudasse a sua visão de mundo.
Fonte: Razões Para Acreditar