Pesquisa mundial mapeia comportamento de doadores
As mulheres contribuem mais e 61% das pessoas preferem realizar doações online
por Diego Thimm
O ‘Global Trends in Giving Report 2017’ (Relatório de tendências globais em doações, em tradução livre), divulgado pela Nonprofit Tech for Good, em parceria com a Public Interest Registry, aponta perfis e características de doadores no mundo.
De acordo com os dados, 73% dos doadores mundiais são mulheres e as causas que atraem mais doadores são as ligadas a crianças e adolescentes (13%).
A faixa etária dos doadores se estende de 20 a 71 anos, com uma prevalência (36,7%) entre os mais velhos. Os jovens contribuem mais para causas de adolescentes e crianças, enquanto os idosos preferem doar a serviços religiosos.
Além do perfil, o estudo mapeia o comportamento das pessoas que doam dinheiro para causas sociais. 61% preferem realizar doações online e a maioria realiza contribuições mensais. Os feriados e festas são os períodos em que as pessoas estão mais dispostas a contribuir. Dos 61% que doam nestes dias, 77% contribuem no Natal, por exemplo.
Outro número expressivo é que 45% das pessoas que doam no mundo investem em causas e em organizações que atuam fora do país em que o entrevistado reside. Além do dinheiro, 66% dos doadores dizem ter feito algum tipo de trabalho voluntário nos últimos 12 meses, o que mostra uma vontade de se aproximar do trabalho das organizações.
O estudo comprova que um dos um dos principais pontos para os quais as ONGs precisam dar atenção, para melhorar a captação de recursos e engajamento, é o setor de comunicação e tecnologia. 75% dos entrevistados dizem que as redes sociais são os principais canais que utilizam para se manterem informados sobre o trabalho das organizações e 66% mostram que gostariam de doar através de algum aplicativo intuitivo.
O próprio domínio do site da organização pode inspirar mais confiança nos doadores. A pesquisa mostra que 72% das pessoas confiam mais na extensão ‘.org’ do que os quase 30% que têm mais desconfiança em domínios como ‘.net’ e ‘.com’.
O estudo completo, em inglês, pode ser acessado pelo link https://goo.gl/Hd1ujK.