São Paulo é uma das megacidades com mais violência sexual
A capital paulista divide com Nova Déli, na Índia, o posto de metrópole com maior risco de uma mulher sofrer violência sexual e assédio
Por: Isabela Alves
Um levantamento realizado pela Thomson Reuters Foundation apontou que a cidade de São Paulo, ao lado de Nova Déli, é a metrópole com o maior potencial de risco de violência sexual para as mulheres. Na capital paulista, em 2017, foram notificados 2.546 casos de estupro, e até julho deste ano foram 1.331 casos, segundo a Secretaria de Segurança Pública em São Paulo (SSP).
A pesquisa, que entrevistou 380 professores, formadores de opinião e ONGs que defendem os direitos femininos em 19 cidades ao redor do mundo, avaliou as práticas culturais nocivas às mulheres em várias cidades cuja população é superior a 10 milhões de habitantes.
Também foram analisadas questões como acesso à saúde, mortalidade materna, oportunidades econômicas, controle sobre a saúde reprodutiva, entre outros tópicos, para chegar ao resultado.
No quesito de violência sexual, São Paulo está na primeira posição junto com Nova Déli, na Índia. Também se encontram no ranking a cidade do Cairo (Egito), Cidade do México, Dhaka (Bangladesh), Istambul (Turquia), Jacarta (Indonésia), Kinshasha (Congo), Carachi (Paquistão), Lima (Peru), e Tóquio (Japão).
Foram estudadas, ainda, as cidades de Lagos (Nigéria, em 14º lugar), Buenos Aires (Argentina, 11º), Nova York (EUA, 12º), Manila (Filipinas, 13º), Xangai (China, 17º), Moscou (Rússia, 18º), Paris (França, 16º) e Londres (Reino Unido, 14º).
No ranking geral, considerando as quatro áreas-chaves avaliadas, o Cairo (Egito) é a pior cidade para as mulheres, seguida pela Cidade do México (México) e Dhaka (Bangladesh). São Paulo foi vista como a 11ª pior. Na percepção dos especialistas, Londres é a capital com o menor constrangimento para as mulheres.