55 milhões de indígenas estão vulneráveis aos impactos da Covid-19
Dado da Organização Internacional do Trabalho é referente aos indígenas que vivem na América Latina e no Caribe e leva em consideração aspectos de saúde e socioeconômicos
Por: Isabela Alves
Mais de 55 milhões de indígenas que vivem na região da América Latina e Caribe estão vulneráveis aos impactos da Covid-19. A afirmação é do relatório ‘La COVID-19 y el mundo del trabajo: Un enfoque en los pueblos indígenas y tribales’, divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A crise deixada pela pandemia atingirá, principalmente, os mais vulneráveis e os povos indígenas e tribais pertencem a esse grupo, já que essa população já sofria com problemas socioeconômicos, de acesso à saúde, ambientais e de proteção social. Dos 476 milhões de indígenas que vivem no mundo, 11,5% vivem nesta região.
O relatório também aponta que a pandemia afetou principalmente nas formas de renda e subsídio desta população. Cerca de 82% dos indígenas da América Latina e Caribe são trabalhadores informais, enquanto para a população indígena do mundo a taxa é de 54%.
A grande maioria dos trabalhadores indígenas atua em serviços como trabalho doméstico, hospitalidade e turismo, comércio, transporte, manufatura e construção.
Os povos indígenas e tribais são 8,5% da população da região, mas representam 30% das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza. Ainda, 31,7% desta população empregada não recebeu nenhum treinamento para exercer tais funções, enquanto para as pessoas não-indígenas a taxa cai para 12,8%.
Menos de 30% da população indígena teve acesso a educação intermediária e avançada, enquanto para os não-indígenas a taxa é de 48%.
Segundo a OIT, é preciso intensificar as medidas de prevenção, promover informação nos idiomas nativos e investir na assistência médica de emergência. Para o futuro, é preciso promover apoio aos trabalhadores e os auxiliar na sua recolocação no mercado de trabalho.
Fonte: ONU Brasil