A cada 11 segundos, uma grávida ou recém-nascido perde a vida no mundo
Apesar do dado alarmante, o Unicef e a OMS afirmam que as taxas de mortalidade materno-infantil no mundo nunca foram tão baixas
Por: Isabela Alves
A cada 11 segundos, uma mulher grávida ou um recém-nascido perde a vida no mundo. Apesar do número alarmante, desde os anos 2000, as taxas de mortalidade materno-infantil caíram pela metade.
Os dados foram divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Historicamente falando, esta é a época em que as mulheres e recém-nascidos mais sobreviveram. Desde 2000, a taxa de mortalidade infantil caiu quase 50% e as mortes maternas caíram mais de 30%. As instituições acreditam a queda está relacionada ao acesso ao serviço de saúde de qualidade.
Em 2018, morreram 6,2 milhões de crianças com menos de 15 anos. Já em 2017, mais de 290 mil mulheres morreram devido a complicações na gravidez e no parto. Neste mesmo ano, cerca de 5,3 milhões de crianças nos cinco primeiros anos de vida morreram, sendo que deste número metade delas morreu no primeiro mês de vida.
A OMS estima que todos os anos cerca de 2,8 milhões de grávidas e recém-nascidos morrem, sendo que a causa da morte poderia ter sido evitada.
A África Subsaariana é a região mais vulnerável e possui o maior risco de morte no mundo, sendo que o risco chega a ser 50 vezes maior do que aquelas que vivem em países de alta renda.
Em 2018, uma em cada 13 crianças na África Subsaariana perdeu a vida antes do seu quinto aniversário. Esse número é 15 vezes maior do que na Europa. No total, a África Subsaariana e o sul da Ásia representam 80% das mortes maternas e infantis.