Adolescente brasileira da Fundação Sinhá Junqueira compete no Pan American Wushu Championships, na Costa Rica
A adolescente Brenda Caroline Campos, aluna de Kung Fu da Fundação Sinhá Junqueira, será a única representante da região na categoria juvenil modalidade Chamg Quam (formas de mão), no 10th Pan American Wushu Championships, que acontecerá entre os dias 2 e 9 de setembro em San José, na Costa Rica.
O campeonato entre países americanos é totalmente dedicado ao Kung Fu. Entre os competidores estão Estados Unidos e Canadá. O torneio é a seletiva dos países das Américas para ingresso no Campeonato Mundial.
Brenda iniciou as aulas de Kung Fu na Fundação Sinhá Junqueira em 2007, quando tinha apenas oito anos, e hoje é faixa roxa. Passou por vários campeonatos de Kung Fu antes de ser convidada para treinar na Seleção Brasileira. A menina, que tem paixão pela arte marcial, foi campeã em várias competições: Regional, Paulista, Brasileiro e Internacional, todos em 2013. “Amo treinar. O Kung Fu é minha vida. Estou muito feliz. Espero chegar lá e trazer a medalha”, diz.
Além das medalhas, o esporte trouxe mudanças significativas para sua vida e interferiu positivamente no seu comportamento. “O Kung Fu é muito importante na minha vida, me ajuda muito. Eu era bastante nervosa antes de praticá-lo”, conta.
O amor pela arte marcial vem de berço. O pai e mestre de Brenda, o professor Adriano César Campos, tem a vida inteira dedicada à atividade, segundo ele, uma filosofia de vida, praticada também pelos dois filhos mais novos. O fato de Brenda se destacar no esporte não é novidade para Campos, que vê a adolescente com grande potencial. “O sonho de qualquer praticante de Kung Fu é um dia estar no Mundial, entre os melhores do mundo. E a Brenda vem se dedicando bastante. Creio que ela vai dar muitas alegrias ainda para a Fundação e para o nosso país. Ela tem um grande futuro pela frente na arte marcial.”
Brenda está ciente da responsabilidade que carrega e acredita que pode voltar campeã, apesar do nervosismo natural. “Eu não imaginava ir para a Seleção, segui os passos do meu pai e agora estou aqui. Espero conseguir vencer.”
O pai e mestre destaca que este é um grande passo para a Brenda. “Ela vai representar não só a Fundação Sinhá Junqueira, mas um país inteiro. Serão vários outros países na disputa. Vai ser uma experiência fantástica para ela”, comemora.
Além da arte marcial, Brenda, que cursa o primeiro ano do Colegial, também pratica dança na Fundação. Um diferencial, de acordo com Campos. Traz bom equilíbrio, flexibilidade e alongamento, que também são aspectos do Kung Fu. “Um se associa ao outro e as crianças têm maior desenvolvimento”, afirma Campos, acrescentando que há muitos atletas de qualidade que poderão representar o Brasil em Olimpíadas futuras. O Kung Fu ainda não fará parte das Olimpíadas de 2016, no Brasil, foi aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos de 2020. “A equipe infantil tem se destacado muito nas competições e tem muito potencial para o futuro.”