Assédio Zero: live aborda violência sofrida por mulheres negras nas universidades
Iniciativa da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas, a live acontecerá em 25 de julho; as convidadas discutirão sobre o assédio sofrido por mulheres negras no ambiente acadêmico
Por Ana Clara Godoi
A Rede Brasileira de Mulheres Cientistas realizará a segunda live da campanha #ASSÉDIOZERO no dia 25 de julho, às 19h30, no canal do Youtube da instituição. Com tema “Racismo, sexismo e transfobia no ambiente acadêmico: processos de resistência das mulheridades negras”, a ação busca abrir espaços para o diálogo sobre a participação de mulheres negras na ciência e os desafios enfrentados no acesso, permanência e avanço dentro dos ambientes acadêmicos.
“O assédio de mulheres negras na universidade é muito frequente e nada sutil. Elas são discriminadas, destratadas, humilhadas. É extremamente doloroso e um dos grandes motivos por que as meninas não ficam na universidade”, explica Rosângela Hilário, doutora em Educação e mediadora da live.
“Já vi professora de universidade falar para a aluna que ela deveria voltar para a cozinha. Outra professora dizer para aluna ‘se todo mundo for para a universidade, quem vai limpar as casas?’”, relata.
A iniciativa também é uma homenagem à líder quilombola Tereza de Benguela, visto que na data é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A discussão dá visibilidade a trajetória de luta e contribuição histórica de resistência negra de Tereza de Benguela, que só passou a ser reconhecida em 2014.
Participam da conversa as cientistas Viviane Japiassú Viana do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e Joyce Alves da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A live promove o acesso à educação de qualidade, a redução das desigualdades e o combate ao racismo e à violência. Por este motivo, está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, 10 e 16 da Agenda 2030 da ONU.