Brasil está entre os países que mais registram violência contra LBGTIs
Em 2018, foram identificados 163 homicídios de pessoas trans
por Artur Ferreira
De acordo com o relatório de 2018 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), foram mapeados 163 homicídios de pessoas trans, sendo 158 travestis e mulheres trans, quatro homens trans e uma pessoa não binária.
Para Jacqueline Rocha Côrtes, ativista por políticas públicas para a população LGBTI, a principal reivindicação dessa parcela dos brasileiros é a segurança. Além disso, a ativista frisa questões como a saúde sexual e psicológica das pessoas trans. “A saúde sexual inclui o bem-estar psicológico, para que não haja mutilação, suicídio e desconhecimento de seu próprio corpo”.
Um levantamento realizado em 2018 pelo site de pornografia RedTube atesta que o brasileiro lidera como o público que mais procura por pornografia transexual no site.
Além dos homicídios, a população trans brasileira enfrenta violências físicas, intimidação pública e objetificação.
“Desde a Constituição Federal de 1988, o país tem uma dívida grande com a população LGBTI. Havia uma emenda para incluir orientação sexual, que foi rejeitada pela maioria dos constituintes. Não temos até hoje aprovação de projetos de lei que deem direitos à população LGBTI”, afirma Irina Bacci, analista para assuntos humanitários do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Fontes: ONU Brasil e Super Interessante