Casarão Brasil recebe Ministério Holandês para troca de experiências
A organização de suporte à comunidade LGBTQIAP+, sediou um encontro com oficiais holandeses para debater combate à violência e discriminação
Por Julia Bonin
A ONG Casarão Brasil, que acolhe pessoas LGBTI, migrantes e refugiados do mercado formal de trabalho na cidade de São Paulo, recebeu, no dia 7 de outubro, uma visita do Ministério da Educação Holandês. Foram recebidas 40 pessoas da Comissão para troca de experiências entre os países.
A visita surgiu após um projeto em comum realizado entre o Casarão e o consulado holandês, que decidiu vir ao Brasil para conhecer o sistema educacional, seus desafios, oportunidades e políticas públicas. Entre os temas debatidos no encontro estão a busca pela igualdade de direitos, combate à violência e discriminação e a aceitação de pessoas LGBTI na sociedade.
O presidente da associação brasileira, Rogério de Oliveira, comentou que “O Brasil é parceiro da Holanda. A legislação por lá é bastante avançada no que tange os direitos LGBTI e foi uma excelente troca de experiências”.
A Comissão também aproveitou para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Casarão Brasil. Seu novo projeto, “Direitos Humanos para Refugiados LGBTI – Empregabilidade”, busca fortalecer a política de promoção e defesa dos direitos humanos para beneficiar a comunidade LGBTI e incluir a população lésbica, gay, bissexual, travesti e transsexual.
Dividido em dois módulos – curso de panificação e confeitaria -, o curso está com inscrições abertas desde setembro. As vagas são destinadas a interessados em integrar o mercado de trabalho no segmento de panificação, e a formação acontece na zona Oeste de São Paulo.
O Casarão Brasil é uma associação do terceiro setor localizada na região central de São Paulo. A organização utiliza seu espaço para a inclusão de pessoas da comunidade LGBTI por meio de projetos sociais, econômicos, educacionais e de construção da cidadania. Os serviços prestados envolvem eventos culturais, apoio jurídico e psicológico às vítimas de violência e discriminação, serviço social, oficinas, workshops, rodas de conversa e capacitações profissionais.