Com 33 milhões passando fome, governo quase zera verba para programas alimentares
Em um momento delicado para o país, em que mais de 33 milhões de pessoas passam fome, ações importantes tiveram cortes tiveram cortes que variam de 95% a 97% na verba prevista para o próximo ano, como o Alimenta Brasil.
Os principais programas de assistência alimentar foram praticamente extintos do Orçamento apresentado pelo governo federal para 2023. Em um momento muito delicado que o país está passando, com mais de 33 milhões de pessoas passando fome, ações importantes receberam cortes que variam de 95% a 97% na verba prevista para o próximo ano, como o Alimenta Brasil.
O Alimenta Brasil é o principal programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar. Ele compra da produção agrícola de famílias e doa a comida para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional (pessoas que passam fome).
O aumento de verbas para esses programas passa a depender do interesse de repasse de parlamentares por meio de emendas ou de negociação antes da votação do Orçamento, que normalmente ocorre em dezembro. Os atingidos são principalmente pequenos agricultores e comunidades tradicionais, como quilombolas.
O programa de cisternas, que permite acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, está praticamente paralisado desde 2021, e segue sem previsão de verbas para 2023.
Com o encolhimento dos repasses, esses grupos deixam de ter renda e de ampliar a integração de suas produções, diminuindo a oferta nutricional do que conseguem consumir.
Uma pesquisa divulgada em junho mostrou que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com insegurança alimentar em algum grau, o que significa 125,2 milhões de brasileiros.
Fonte: UOL