Crueldade oculta: Brasil registra 159 casos de tráfico humano
Causas para o tráfico humano vão desde exploração sexual atá remoção de órgãos
O tráfico humano está crescendo no mundo e a exploração sexual das vítimas é umas das principais causas deste fenômeno. De acordo com o relatório Global Report on Trafficking in Persons, as crianças são quase um terço das vítimas traficadas (30%), e as meninas são as mais afetadas.
No Brasil, não é diferente. Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mostram que no ano passado foram registradas 159 denúncias de tráfico de pessoas no país. As denúncias foram feitas pelo Disque 100, e resultaram em 170 violações.
Os dados mostram as violações mais registradas durante o ano de 2018. São elas: tráfico interno para fins de exploração sexual (16,9%), internacional para fins de exploração sexual (8,1%), interno para fins de adoção (7,5%), interno para fins de exploração de trabalho (6,9%), internacional para exploração de trabalho (5,0%), internacional para fins de adoção (2,5%), internacional para remoção de órgãos (1,8%) e, por fim, interno para remoção de órgãos (0,63%). 57,23% das violações tiveram outras motivações.
Entre as vítimas do tráfico humano, 53,1% são do sexo feminino, 11,7 % são do sexo masculino (11,7%) e 35,14% não tiveram o sexo informado na hora da denúncia.
O balanço de 2018 também apresentou dados sobre a faixa etária das vítimas: de 15 a 17 anos (18,9%), 0 a 3 (7,2%), 25 a 30 anos (6,31%), 12 a 14 (4,50%), 18 a 24 anos (3,6%) e recém-nascido (1,8%). Em 54,9% dos casos, não informaram a faixa etária.
Sobre a relação entre suspeito e vítima, as avós são as principais denunciadas no que se refere às violações – elas representam 4,2%, seguidas por desconhecidos (2,4%), mães (1,8%), empregados (1,8%) e empregadores (1,2%). Em 86,7% dos casos, não foi informado quem seria o suspeito.
Segundo as denúncias, as violações geralmente acontecem em casa (34,1%), casa do suspeito (20,2%), na casa da vítima (5,0%) e no local de trabalho (3,0%).
Para a ministra Damares Alves, é preciso alertar a sociedade sobre este crime velado que coloca em risco a vida e a dignidade das pessoas. “Temos que estar atentos para combater e denunciar estas situações”, afirma.
Oferecido pelo MMFDH, o Disque 100 é um serviço de discagem direta e gratuita disponível para todo o Brasil. A ferramenta também pode ser acionada por meio do aplicativo Proteja Brasil.
João Ribeiro Neto
29/12/2019 @ 18:24
A ponta do barbante é IsraHELL.
Sonya Sepúlveda
01/03/2020 @ 21:43
Infelizmente tienes razón
Antonio Donizete Fernandes
09/01/2020 @ 21:11
Não basta denunciar. Que medidas vêm sendo tomadas?
ShirleyBarboza
01/03/2020 @ 09:00
Cruel
Félix Beserra
01/03/2020 @ 10:40
O tráfico e desaparecimento de pessoas no Brasil nunca recebeu a devida atenção dos governantes.
Maria Helena
01/03/2020 @ 16:01
Realmente, so denunciar para aumentarem as estatísticas? Que medidas estão sendo adotadas contra estes infratores? A divulgação desses dados deve ser maior e mais acessível. Avós são as principais responsáveis? Tô pasma! Divulguem o grau de conhecimento e a condição econômica dessas avós. Pra chegar a essa triste situação depois de criar os filhos devem ter herdado os netos.Triste!
Luiz Fonseca
03/03/2020 @ 21:08
Parem de exigir e comecem a OFERECER AJUDA !!! Também é dever de vocês cuidar da sociedade !!!
Perigo: Brasil registra 683 casos de tráfico humano de crianças e adolescentes
30/06/2020 @ 18:35
[…] Entre janeiro de 2011 e junho de 2019, o Disque 100 recebeu 683 denúncias de tráfico humano em que as vítimas eram crianças e adolescentes no Brasil. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. […]