Curso gratuito de arbitragem de futebol oferece vagas para indígenas
Indígenas a partir de 16 anos podem participar de um curso gratuito de formação para árbitros de partidas de futebol não profissional. As aulas serão realizadas entre 23 e 25 de junho e as inscrições estão abertas on-line.
Indígenas a partir de 16 anos podem participar de um curso gratuito de formação para árbitros de partidas de futebol não profissional. As aulas serão realizadas entre 23 e 25 de junho e as inscrições estão abertas on-line. A iniciativa é do Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
Realizado em conjunto com a Associação de Árbitros de Piracicaba e Região, por meio da Escola de Árbitros João Paulo Araújo, e em parceria com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, o curso será oferecido nas dependências do MCI, na zona oeste da capital paulista, e fornecerá hospedagem e alimentação aos participantes.
“A ideia dessa formação nasceu em uma conversa informal nas dependências do Museu. A essência era criar oportunidades no mercado de trabalho, daí o curso de arbitragem nos jogos”, conta Douglas Roberto Maffei, coordenador da formação.
Maffei explica que com o certificado de árbitro o participante poderá atuar em qualquer partida de futebol não profissional, como os jogos escolares, regionais, abertos e da juventude, organizados pelo governo estadual. Campeonatos e festivais realizados por clubes, prefeituras, empresas e ligas esportivas também entram nessa lista. O curso não é credenciado ao futebol profissional, pois neste modelo a carga horária é definida pelas Federações ligadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), detalha o coordenador.
Ministrado pelos instrutores da Escola de Árbitros João Paulo Araújo, o programa aborda a origem do futebol, administração do desporto, função do I. board, noções do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (artigos relacionados à arbitragem), ética, princípios da Lei do Jogo, regras do jogo, preenchimento de súmulas e relatórios.
Os participantes também terão aula prática para a melhoria das técnicas de integração árbitro/assistentes, além de aprender sobre sinalizações, uso do apito, postura e comunicação corporal.
Além do interesse pelo futebol, os indígenas devem ter mais de 16 anos e, no caso de menores de 18 anos, autorização dos responsáveis. Será preciso também apresentar documento de anuência da liderança da aldeia/território ou declaração da FUNAI. Para participar do curso o candidato deve estar apto fisicamente a desempenhar atividade de arbitragem, o que inclui capacidade de correr longas distâncias. Mais informações disponíveis aqui.