CVV busca mobilização popular pela prevenção do suicídio
O Setembro Amarelo tem como objetivo conscientizar as pessoas pelos altos índices de suicídio
Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias pelo menos 32 brasileiros tiram a própria vida, resultado da falta de prevenção que poderia ter poupado pelo menos 28 dessas pessoas.
Há diversos esforços para levar conscientização sobre esse problema de saúde pública que é o suicídio. Somente por esse caminho, com esclarecimento e o estímulo às pessoas falarem abertamente sobre a questão, é possível reduzir as estatísticas. Um marco importante foi a definição de 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, quando profissionais de saúde, população e movimentos organizados pela vida se movimentam pela causa.
Desde 2011, o Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição filantrópica que se dedica à prevenção do suicídio e apoio emocional há 54 anos, organiza nessa época do ano um simpósio internacional para discutir as melhores práticas para reduzir os índices de suicídio. Evento gratuito e aberto ao público, o simpósio já foi realizado em Guarulhos, São Paulo, Florianópolis, Brasília, Rio de Janeiro e, neste ano, será abrigado em Fortaleza, capital do Ceará.
O CVV busca a mobilização popular pelo terceiro ano consecutivo para a realização do Setembro Amarelo. Na mesma lógica do Outubro Rosa e do Novembro Azul, o objetivo é chamar a atenção das pessoas à problemática do suicídio e estimular a conversa sobre a questão. Carlos Correia, voluntário do CVV, comenta que hoje fala-se sobre DSTs, câncer e outras questões que matavam muito mais no passado. “Essa abertura das pessoas ao assunto foi essencial à redução dos índices de mortalidade por AIDS, câncer de mama e próstata, por exemplo. Esse é um de nossos sonhos: ver famílias tratando do assunto com naturalidade, escolas levantando o debate, colegas de trabalho oferecendo apoio ao identificar alguém com sinais de que pensa em se matar”, comenta o voluntário.
Em 2015, o Setembro Amarelo conseguiu iluminar pontos turísticos e de destaque em todas as regiões do país, como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional e a Ponte Juscelino Kubitschek em Brasília e o estádio Beira Rio em Porto Alegre.
Carlos destaca que o grande desafio é ter mais locais iluminados e ações de rua do que no ano passado. “Para isso precisamos ter adesão de prefeituras, clubes, condomínios comerciais e residenciais e qualquer outra organização que queira se engajar na causa da prevenção do suicídio”, complementa.
Para colaborar, qualquer pessoa pode iluminar ou identificar a fachada de uma casa ou prédio, promover motoata (passeio de motos) com balões, fitas ou panos amarelos, caminhadas com camisetas amarelas ou outras ações que impactem a população. Todos que mandarem fotos de suas iniciativas para o e-mail [email protected] poderão ver o material compartilhado na fanpage do Facebook do CVV ou na fanpage oficial do Setembro Amarelo.