Droga usada no Brasil é 100 vezes mais potente que a maconha e tem efeito “zumbi”
A popularização de uma droga sintética chamada K9 tem preocupado autoridades e entidades de saúde. Segundo relatos sobre usuários brasileiros que consomem a substância desde o ano passado; o uso da “supermaconha” pode ter efeitos nocivos novos no corpo, como um tipo de “efeito zumbi”, deixando a pessoa completamente entorpecida.
A popularização de uma droga sintética chamada K9 tem preocupado autoridades e entidades de saúde. Segundo relatos sobre usuários brasileiros que consomem a substância desde o ano passado, o uso da “supermaconha” pode ter efeitos nocivos novos no corpo. Um deles é causar um tipo de “efeito zumbi”, deixando a pessoa completamente entorpecida.
O nome dado ao efeito da droga está ligado aos personagens de filmes e séries porque os usuários ficam desnorteados e andando sem rumo como os “ zumbis” dos filmes. Também conhecida como Spice, K2, K4, e outras derivações, a droga pode causar efeitos que vão de relaxamento até pensamentos suicidas, de acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Droga dos Estados Unidos (NIDA, na sigla em inglês).
A supermaconha é um canabinoide sintético, derivado da maconha (cannabis) mas modificada em laboratório. A substância química foi criada nos Estados Unidos, na década de 1990.
Os canabinoides sintéticos fazem parte de um grupo de drogas chamado novas substâncias psicoativas (NPS, na sigla em inglês). Elas são substâncias não-regulamentadas que alteram a mente, tornaram-se recentemente disponíveis no Brasil e destinam-se a produzir os mesmos efeitos que as drogas ilícitas.
A droga tem aos poucos se tornado uma das mais consumidas na região da Cracolândia, em São Paulo. Segundo um delegado, “o K-9 estava chamando mais atenção do que normalmente o tráfico de crack chama”, o que teria levado a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a proibir o tráfico da substância para evitar sequelas maiores nos usuários.
Infelizmente a droga não está apenas na região paulistana, em junho desse ano, a Polícia Civil de Santa Catarina apreendeu 100 gramas da droga K9. A substância foi localizada em São José, na Grande Florianópolis, e passou por uma análise que confirmou a origem da droga.
A k9 foi apreendida em uma encomenda no centro de distribuição dos Correios. Segundo o delegado Walter Loyola, ela veio de São Paulo. O destinatário dela, de Santa Catarina, já foi identificado e está sendo investigado.
Com a confirmação da droga, as autoridades catarinenses estão em alerta. Conforme o delegado, a investigação em curso busca impedir que novas remessas da substância cheguem ao Estado.
Especialistas afirmam que a K9 é cerca de 100 vezes mais potente que a cannabis, ainda que tenha o mesmo composto alucinógeno, o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol, princípio ativo da maconha).
A droga infelizmente atrai ainda mais jovens e adolescentes por conta dos métodos usados para atraí-los:
- Tem cheiro de morango ou melancia e aspecto similar à maconha;
- Também é anunciada como “incenso” ou “pot-pourri” na venda em pacotes coloridos.
O que se sabe é que os canabinoides sintéticos atuam nos mesmos receptores das células cerebrais que o THC. No entanto, até agora, houve poucos estudos científicos sobre os efeitos das substânticas sintéticas no cérebro humano.
Ainda assim, de acordo com o NIDA, alguns desses canabinoides se ligam mais fortemente do que a maconha aos receptores celulares afetados pelo THC e podem produzir efeitos muito mais fortes. Pesquisadores alertam que os danos resultantes na saúde podem ser imprevisíveis e perigosos.
Caracterizado como “efeito zumbi”, o termo foi aplicado para atrelar os sintomas de confusão mental e da percepção alterada — que faz com que os usuários não percebam estímulos externos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu uma série de objetivos ambiciosos no ano de 2015 por meio de um “Pacto Global”, que envolve os seus 193 países membros. Ao todo, o projeto da ONU contempla 17 ODS, ou seja, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A temática apresentada mostra um retrocesso no objetivo 3 – Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.